DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Polícia Federal pediu há seis dias ao Tribunal Regional Federal da 3ª Região a remoção para Brasília de Norma Cunha, ex-mulher do juiz João Carlos da Rocha Mattos. Eles estão presos com outros sete acusados na carceragem da PF em São Paulo, sob a acusação de formação de quadrilha, revelada pela Operação Anaconda.
A desembargadora Therezinha Cazerta, relatora do processo no TRF, não se pronunciou sobre o pedido. Não há prazo formal para que o faça. Há vários elementos que podem sustentar o pedido da Polícia Federal, entre eles:
1)as escutas de Cunha trazem indícios de que ela poderia colaborar, dando informações à PF;
2) em fitas gravadas por ela, outro colega de cárcere, o delegado federal José Augusto Bellini, foi flagrado fazendo ameaças ao filho dela, de 12 anos. O diálogo se transformou em denúncia contra Bellini na Corregedoria da PF;
3) em contato com o grupo, ela pode estar sujeita a coação ou orientação de conduta;
4) em seu primeiro encontro com Cunha, Rocha Mattos teria puxado a ex-mulher pelo braço, para iniciar uma conversa.
A polícia pretende concluir um laudo preliminar do material apreendido na Operação Anaconda nesta semana.


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