São Paulo, quinta, 19 de novembro de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresário nega participação

da Redação

O presidente do Conselho de Administração da Tele Norte Leste, Carlos Jereissati, divulgou ontem nota na qual nega participação no caso do grampo no BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
Apesar de não ser citado em nenhuma das conversas grampeadas divulgadas, Jereissati foi acusado na última segunda-feira pelo ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros (Comunicações) de ser o responsável pela divulgação delas.
O consórcio Telemar, que comprou a Tele Norte Leste, tem como acionista o BNDES. Segundo o ministro, Jereissati teria atritos com o BNDES e interesse em desgastá-lo politicamente.
Na nota, o empresário "nega, terminantemente, qualquer participação no episódio fartamente divulgado pela imprensa relacionado com gravações de conversas telefônicas".
Jereissati afirma que o consórcio Telemar cumpriu todas as exigências legais para se qualificar ao leilão. Diz que a participação do BNDES no consórcio (de 25%) "não implicou favor algum.
O banco teria entrado no negócio para cumprir sua "função pública", por ser "órgão de fomento às empresas nacionais".
Com esse argumento (o de que o banco serve a "empresas nacionais"), o texto também critica a intenção do governo de passar a participação do BNDES no consórcio a um grupo estrangeiro. Diz que "ninguém pode agir, alegando interesse público, contra a lei".



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.