São Paulo, Domingo, 19 de Dezembro de 1999


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CRIME ORGANIZADO
Ricardo de Lima permaneceu durante 30 dias em prisão temporária solicitada pela CPI
Delegado de Campinas é libertado

MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas

O delegado de Campinas Ricardo de Lima, preso à pedido da CPI do Narcotráfico, conseguiu ontem autorização para ser liberado, depois de 30 dias de prisão.
Ele deveria ganhar liberdade à 0h de hoje, quando venceria sua prisão temporária.
O investigador Antônio Lázaro Constâncio, o Lazinho, também preso à pedido da CPI, deve ser solto hoje à noite. Ele está na Cadeia de Americana (133 km de SP).
Lima e Constâncio são acusados pela CPI de envolvimento com o crime organizado.
A CPI do Narcotráfico pediu anteontem a prorrogação de prisão temporária de Lima e Constâncio, com parecer favorável do Ministério Público de Campinas.
No entanto, o juiz Paulo de Almeida Sorci decidiu ontem à noite indeferir os pedidos de prorrogação das prisões. O juiz foi o mesmo que decidiu a favor da prisão temporária do delegado e do investigador quando a CPI esteve em Campinas, no mês passado.
Lima e Constâncio eram os únicos, de um total de seis presos à pedido da CPI em Campinas, que permaneciam detidos.
O advogado Arthur Eugênio Mathias foi solto. Atualmente, ele está detido preventivamente por determinação da Justiça de Igarapava (SP) por suposto envolvimento com o roubo de cargas.
Mathias conseguiu habeas corpus no Tribunal de Justiça para derrubar a prisão temporária pedida pela comissão.
Lima foi acusado de extorsão e de participação no desaparecimento dos 340 quilos de cocaína do prédio do IML (Instituto Médico Legal) de Campinas, em janeiro passado.
O advogado do delegado, Miguel Orlando Vulcano, disse ontem que pretende processar e pedir uma indenização por danos morais contra todos os deputados membros da CPI.
Apesar de os deputados terem imunidade parlamentar, o advogado disse ter encontrado uma brecha na Constituição Federal que possibilitaria uma possível punição deles.
Anteontem, um desembargador do Tribunal de Justiça deu parecer favorável ao pedido de habeas corpus de Lima.
Mas para que o habeas corpus seja decidido é preciso a avaliação de outros dois desembargadores.


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