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CRIME ORGANIZADO
Ricardo de Lima permaneceu durante 30 dias em prisão temporária solicitada pela CPI
Delegado de Campinas é libertado
MAURÍCIO SIMIONATO
da Folha Campinas
O delegado de Campinas Ricardo de Lima, preso à pedido da CPI
do Narcotráfico, conseguiu ontem autorização para ser liberado,
depois de 30 dias de prisão.
Ele deveria ganhar liberdade à
0h de hoje, quando venceria sua
prisão temporária.
O investigador Antônio Lázaro
Constâncio, o Lazinho, também
preso à pedido da CPI, deve ser
solto hoje à noite. Ele está na Cadeia de Americana (133 km de
SP).
Lima e Constâncio são acusados
pela CPI de envolvimento com o
crime organizado.
A CPI do Narcotráfico pediu
anteontem a prorrogação de prisão temporária de Lima e Constâncio, com parecer favorável do
Ministério Público de Campinas.
No entanto, o juiz Paulo de Almeida Sorci decidiu ontem à noite indeferir os pedidos de prorrogação das prisões. O juiz foi o
mesmo que decidiu a favor da prisão temporária do delegado e do
investigador quando a CPI esteve
em Campinas, no mês passado.
Lima e Constâncio eram os únicos, de um total de seis presos à
pedido da CPI em Campinas, que
permaneciam detidos.
O advogado Arthur Eugênio
Mathias foi solto. Atualmente, ele
está detido preventivamente por
determinação da Justiça de Igarapava (SP) por suposto envolvimento com o roubo de cargas.
Mathias conseguiu habeas corpus no Tribunal de Justiça para
derrubar a prisão temporária pedida pela comissão.
Lima foi acusado de extorsão e
de participação no desaparecimento dos 340 quilos de cocaína
do prédio do IML (Instituto Médico Legal) de Campinas, em janeiro passado.
O advogado do delegado, Miguel Orlando Vulcano, disse ontem que pretende processar e pedir uma indenização por danos
morais contra todos os deputados
membros da CPI.
Apesar de os deputados terem
imunidade parlamentar, o advogado disse ter encontrado uma
brecha na Constituição Federal
que possibilitaria uma possível
punição deles.
Anteontem, um desembargador do Tribunal de Justiça deu parecer favorável ao pedido de habeas corpus de Lima.
Mas para que o habeas corpus
seja decidido é preciso a avaliação
de outros dois desembargadores.
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