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Desembargador
da BA confirma denúncias
da Agência Folha
O desembargador Lourival de
Jesus Ferreira confirmou ontem a
três integrantes da CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) do
Narcotráfico as denúncias que fez
no mês passado contra dois colegas do Tribunal de Justiça da Bahia e o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado
Pedro Alcântara (PFL).
Segundo o deputado federal Lino Rossi (PSDB-MT), Ferreira
disse que seus colegas Mário Albiani e Walter Brandão, além do
deputado Pedro Alcântara, recomendaram que ele analisasse
"com carinho" um pedido de habeas corpus em favor do preso
Vander Dorneles.
Dorneles, que desde fevereiro
último está detido na Penitenciária de Feira de Santana (108 km de
Salvador) sob a acusação de roubo de carga de caminhões, já havia recorrido à Justiça no ano passado para ser libertado.
Na ocasião, seu pedido foi atendido por Brandão. Mas Dorneles
voltou a ser preso durante um assalto a quatro caminhões com
carregamento de cigarros em fevereiro deste ano.
Há duas semanas, os desembargadores e o deputado acusados
por Ferreira negaram que tivessem feito pressão pela soltura de
Dorneles.
Maranhão
Uma megaoperação envolvendo mais de cem policiais de três
Estados, com cães, barcos e helicópteros, foi montada ontem para prender o empresário Joaquim
Felipe de Souza Neto, o Joaquim
"Lauristo", tido como o segundo
homem na hierarquia do crime
organizado no Maranhão.
Apontado como o braço direito
do ex-deputado estadual José Gerardo de Abreu, expulso do PPB,
Lauristo chegou a ser preso em julho de 97, acusado de ser um dos
mandantes do assassinato do delegado Stênio Mendonça, mas foi
solto no mesmo dia.
Ele foi localizado anteontem à
tarde pelo Serviço de Inteligência
da Polícia Civil do Maranhão em
Araguanã (TO), mas conseguiu
escapar depois de jogar seu carro
contra o veículo da polícia que o
perseguia. Lauristo entrou em
uma mata, já na Floresta Amazônica, às margens do rio Murici,
afluente do Araguaia.
As buscas estão sendo feitas pelas Polícias Civil, Militar, Federal e
Rodoviária dos Estados do Maranhão, Tocantins e Pará. A área é
de difícil acesso e comunicação,
segundo o delegado regional de
Imperatriz (MA), Paulo Aguiar.
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