São Paulo, Domingo, 19 de Dezembro de 1999


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Desembargador da BA confirma denúncias

da Agência Folha

O desembargador Lourival de Jesus Ferreira confirmou ontem a três integrantes da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Narcotráfico as denúncias que fez no mês passado contra dois colegas do Tribunal de Justiça da Bahia e o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado Pedro Alcântara (PFL).
Segundo o deputado federal Lino Rossi (PSDB-MT), Ferreira disse que seus colegas Mário Albiani e Walter Brandão, além do deputado Pedro Alcântara, recomendaram que ele analisasse "com carinho" um pedido de habeas corpus em favor do preso Vander Dorneles.
Dorneles, que desde fevereiro último está detido na Penitenciária de Feira de Santana (108 km de Salvador) sob a acusação de roubo de carga de caminhões, já havia recorrido à Justiça no ano passado para ser libertado.
Na ocasião, seu pedido foi atendido por Brandão. Mas Dorneles voltou a ser preso durante um assalto a quatro caminhões com carregamento de cigarros em fevereiro deste ano.
Há duas semanas, os desembargadores e o deputado acusados por Ferreira negaram que tivessem feito pressão pela soltura de Dorneles.

Maranhão
Uma megaoperação envolvendo mais de cem policiais de três Estados, com cães, barcos e helicópteros, foi montada ontem para prender o empresário Joaquim Felipe de Souza Neto, o Joaquim "Lauristo", tido como o segundo homem na hierarquia do crime organizado no Maranhão.
Apontado como o braço direito do ex-deputado estadual José Gerardo de Abreu, expulso do PPB, Lauristo chegou a ser preso em julho de 97, acusado de ser um dos mandantes do assassinato do delegado Stênio Mendonça, mas foi solto no mesmo dia.
Ele foi localizado anteontem à tarde pelo Serviço de Inteligência da Polícia Civil do Maranhão em Araguanã (TO), mas conseguiu escapar depois de jogar seu carro contra o veículo da polícia que o perseguia. Lauristo entrou em uma mata, já na Floresta Amazônica, às margens do rio Murici, afluente do Araguaia.
As buscas estão sendo feitas pelas Polícias Civil, Militar, Federal e Rodoviária dos Estados do Maranhão, Tocantins e Pará. A área é de difícil acesso e comunicação, segundo o delegado regional de Imperatriz (MA), Paulo Aguiar.


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