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OUTRO LADO
Citados por traficante negam as acusações
da Sucursal de Brasília
O deputado Augusto Farias (PPB-AL) nega as denúncias que Valtemir
Gonçalves de Oliveira, o Palito, fez
ao depor na Polícia Federal. "Estou cheio de ter que responder a
acusações de bandidos. Nunca pisei no Acre na minha vida e, se alguém provar que estive lá, renuncio ao meu mandato", disse.
A ex-governadora do Acre Iolanda Ferreira Lima (PMDB), 63,
afirmou que nunca recebeu em
sua fazenda Augusto Farias e seu
irmão Paulo César Farias, o PC,
morto em 1996. Segundo ela, os
depoimentos de Palito não passam de invenção. "Uma invenção
como essa do Palito é uma coisa
de louco. Só conheço os irmãos
Farias por meio dos jornais."
Atual secretária do Trabalho e
da Ação Social da Prefeitura de
Rio Branco, Iolanda Lima governou o Acre de maio de 1986 a
março de 1987. O único ponto dos
depoimentos de Palito confirmado pela ex-governadora é o de que
ele frequentava sua fazenda, pois
o pai dele era seu funcionário.
Iolanda Lima disse que conhece
o ex-governador Romildo Magalhães Silva, mas afirmou que não
tinha intimidade com ele e jamais
o recebeu em sua propriedade.
"Diante dessa onda de denuncismo que atinge o Acre e o país, estava demorando para alguém tentar atingir o nosso grupo, que ainda tem força política no Estado."
O ex-deputado federal Narciso
Mendes (PPB-AC) nega que ele e
sua mulher, a ex-deputada federal
Célia Mendes (PPB-AC), tenham
estado alguma vez numa fazenda
pertencente a Iolanda Lima.
"Isso é uma mentira, dita por
um bandido, um marginal. Iolanda sempre foi uma das minhas
maiores adversárias políticas no
Acre. Sobretudo naquele período,
de 1992. Podem perguntar para
meus inimigos no Acre se seria
possível uma reunião minha com
ela naquela época", diz Narciso.
No Acre, antes da ascensão do
PT (com o governador Jorge Viana, eleito em 1998), a política local
era bipartidária. De um lado, o
PMDB. Do outro, o PPB.
Mendes também nega conhecer
Palito. "Quando você me disse o
nome, nem imaginei quem fosse.
Pelo apelido eu sei quem é, pelo
noticiário recente. Mas nunca o vi
pessoalmente. Acompanho o noticiário e sei que se trata de um
bandido. Aliás, considero que um
jornal como a Folha perde credibilidade quando acolhe esse tipo
de difamação", afirmou.
Sobre se sabia a respeito da reunião de 1992 com a participação
de outras pessoas, Mendes disse
que não.
A Agência Folha não conseguiu
localizar, na noite de sexta-feira, o
advogado do deputado cassado
Hildebrando Pascoal, Rui Duarte.
O telefone celular estava desligado e em sua residência ninguém
atendeu às chamadas.
A reportagem tentou falar com
Romildo Magalhães, deixou um
recado com sua filha, mas não obteve resposta. O ex-governador
Orleir Cameli não foi localizado.
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