São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 2006

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Lula diz que boa avaliação não o deixa de "sapato alto'

Legislativo é autônomo, diz petista sobre reajuste KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em Manaus (AM), que não usará "sapato alto" após ser considerado o presidente mais bem avaliado da história do Brasil, segundo pesquisa Datafolha.
Ele afirmou que não é possível comparar o seu governo com os anteriores e que espera ser reavaliado após o término dos oito anos no poder. Segundo a pesquisa, 59% dos brasileiros esperam um segundo mandato ótimo ou bom do petista.
"Estou muito satisfeito [com a avaliação]. Obviamente, em vez de me deixar de sapato alto, me coloca com mais responsabilidade. Tenho que trabalhar mais no segundo mandato." Para Lula, o país terá o crescimento que "merece" e uma "conseqüente distribuição de renda na hora que destravar a possibilidade de desenvolvimento do país e de investimentos".
Ao ser questionado sobre o reajuste de 91% nos salários dos parlamentares, Lula disse que o Congresso é autônomo: "O presidente da República não pode tomar uma decisão no que diz respeito ao Congresso Nacional nem no que diz respeito ao Poder Judiciário. Cada um arca com a responsabilidade com as coisas que foram feitas".
Ele cogitou, no entanto, intervir na questão. "Eu estou analisando, estou lendo as matérias nos jornais", disse. "Se a minha contribuição de conversar com os presidentes das Casas puder ajudar a encontrar uma solução, eu irei ajudar."
Lula visitou as fábricas da Moto Honda e da Yamaha, em Manaus. Almoçou no Palácio Rio Negro com 45 prefeitos do Estado e sete deputados federais, além do governador Eduardo Braga (PMDB) e dos ministros Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e Luiz Marinho (Trabalho). Na Zona Franca, disse que vai liberar parte dos R$ 750 milhões da Suframa que estão retidos para atingir a meta de superávit.
Lula visitou a termelétrica Cristiano Rocha, da BR Distribuidora, e participou da 224º reunião do Conselho de Administração da Suframa. Lula disse que uma negociação com sindicatos deverá fechar o reajuste do salário mínimo em 5%.


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