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Lula diz que boa avaliação
não o deixa de "sapato alto'
Legislativo é autônomo, diz petista sobre reajuste
KÁTIA BRASIL
DA AGÊNCIA FOLHA, EM MANAUS
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou ontem, em
Manaus (AM), que não usará
"sapato alto" após ser considerado o presidente mais bem
avaliado da história do Brasil,
segundo pesquisa Datafolha.
Ele afirmou que não é possível comparar o seu governo
com os anteriores e que espera
ser reavaliado após o término
dos oito anos no poder. Segundo a pesquisa, 59% dos brasileiros esperam um segundo mandato ótimo ou bom do petista.
"Estou muito satisfeito [com
a avaliação]. Obviamente, em
vez de me deixar de sapato alto,
me coloca com mais responsabilidade. Tenho que trabalhar
mais no segundo mandato." Para Lula, o país terá o crescimento que "merece" e uma "conseqüente distribuição de renda
na hora que destravar a possibilidade de desenvolvimento do
país e de investimentos".
Ao ser questionado sobre o
reajuste de 91% nos salários
dos parlamentares, Lula disse
que o Congresso é autônomo:
"O presidente da República não
pode tomar uma decisão no que
diz respeito ao Congresso Nacional nem no que diz respeito
ao Poder Judiciário. Cada um
arca com a responsabilidade
com as coisas que foram feitas".
Ele cogitou, no entanto, intervir na questão. "Eu estou
analisando, estou lendo as matérias nos jornais", disse. "Se a
minha contribuição de conversar com os presidentes das Casas puder ajudar a encontrar
uma solução, eu irei ajudar."
Lula visitou as fábricas da
Moto Honda e da Yamaha, em
Manaus. Almoçou no Palácio
Rio Negro com 45 prefeitos do
Estado e sete deputados federais, além do governador
Eduardo Braga (PMDB) e dos
ministros Luiz Fernando Furlan (Desenvolvimento) e Luiz
Marinho (Trabalho). Na Zona
Franca, disse que vai liberar
parte dos R$ 750 milhões da
Suframa que estão retidos para
atingir a meta de superávit.
Lula visitou a termelétrica
Cristiano Rocha, da BR Distribuidora, e participou da 224º
reunião do Conselho de Administração da Suframa. Lula disse que uma negociação com
sindicatos deverá fechar o reajuste do salário mínimo em 5%.
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