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POLÍTICA ETERNA
Articulação foi suspensa, pois não há consenso nos partidos
Senadores desistem de cargo vitalício para ex-presidentes
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Articuladores da ressurreição
da idéia de apresentar proposta
de emenda constitucional que
transforma ex-presidentes em senadores vitalícios, o líder do governo no Senado, Aloizio Mercadante (PT-SP), e o líder do PSDB,
Arthur Virgílio (AM), consideraram a articulação encerrada, por
ora. Motivo: não há consenso nos
partidos. A idéia foi revelada pela
Folha no domingo.
"Não tem como prosperar se
não tiver acordo entre os partidos", disse Mercadante. "Temos
de ter consenso interno e, com o
tempo, vamos encontrá-lo", afirmou, em referência à crítica do
presidente do PT, José Genoino,
que julgou a proposta "ilegítima".
Mais tarde, no Senado, pediu
que o debate seja mantido em alto
nível, sem tratar a proposta como
uma concessão de regalias.
Virgílio também disse que a
proposta, "com certeza, não é para agora". Anteontem, ele a enterrou após crítica de Genoino. Considerou que o PT não tinha "civilidade" para a discussão. Hoje, porém, viu que não há consenso
também no PSDB, citando como
opositor o governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin.
O presidente Luiz Inácio Lula da
Silva demonstrou simpatia pela
idéia e autorizou Mercadante a falar com Virgílio. Lula, que não
gosta da vida parlamentar, provavelmente abriria mão do cargo.
Apoiaria a idéia para agradar aos
ex-presidentes Itamar Franco e
José Sarney (ambos do PMDB).
O presidente da Câmara, Severino Cavalcanti (PP-PE), se disse
ontem favorável à proposta.
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