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"Não sou abafador",
diz procurador do DF
da Sucursal de Brasília
O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, defendeu
ontem publicamente a ação dos
procuradores do Rio nas investigações sobre o socorro do Banco
Central aos bancos Marka e FonteCindam.
Ontem, em reunião com o procurador-chefe no Distrito Federal,
Luiz Augusto Santos Lima, o coordenador criminal do MPF no Rio,
Arthur Gueiros e Antonio Bigonha
e Carlos Frederico Santos, da ANP,
a associação nacional da categoria,
Brindeiro decidiu que as investigações não serão concentradas em
Brasília.
"Não sou abafador", disse o procurador-chefe no DF, após sair da
reunião, ao comentar texto da Folha de ontem sobre a "operação
abafa" planejada pelo governo para controlar o caso Marka, inclusive com a centralização das investigações dos procuradores em Brasília.
Segundo Lima, os procuradores
da República no Rio continuarão a
fazer investigações sobre o caso,
apesar de ele ter sido designado
pelo procurador-geral para acompanhar o inquérito da PF e a sindicância do BC abertos para apurar o
suposto vazamento de informações privilegiadas.
"Não há divisão entre os procuradores. Se houver elementos, o
Ministério Público vai denunciar
os acusados, seja no Rio, em Brasília ou em São Paulo", acrescentou.
Geraldo Brindeiro admitiu a
controvérsia sobre a validade da
ação dos procuradores do Rio somente em relação à participação
do Ministério Público na suposta
operação policial. "O que pode ser
questionado é o fato de que houve
esse acompanhamento."
Ele confirmou que o Ministério
Público pediu a autorização judicial de busca antes da instauração
de inquérito pela PF. Disse que o
inquérito foi aberto logo após a ordem da juíza da 6ª Vara Federal do
Rio, Ana Paula Vieira.
O procurador-geral evitou criticar a decisão do ministro da Justiça, Renan Calheiros, de proibir a
participação da PF em novas operações de busca de documentos.
O procurador do Rio Arthur
Gueiros disse que não houve falhas
nas apreensões de documentos
realizadas no Rio.
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