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Procuradores rebatem críticas
da Sucursal do Rio
Os quatro procuradores da República que investigam, no Rio, a
suspeita de venda de informações
privilegiadas aos bancos Marka e
FonteCindam disseram ontem que
prosseguirão investigando, apesar
das críticas do presidente Fernando Henrique Cardoso e do ministro Renan Calheiros (Justiça).
As críticas foram à operação de
busca e apreensão de documentos
na casa do ex-presidente do Banco
Central Francisco Lopes.
A procuradora Raquel Branquinho Nascimento, que integra o
grupo, foi chamada a Brasília pelo
procurador-geral da República,
Geraldo Brindeiro. Ela negou que
Brindeiro tenha requisitado o inquérito para Brasília, como chegou
a ser noticiado.
Os procuradores requisitarão
hoje ao Conselho Superior do Ministério Público, durante reunião
em Brasília, que o órgão assuma a
defesa institucional do trabalho da
Procuradoria da República no Rio.
No início da noite, eles levaram
até a 6ª Vara Federal todos os documentos relativos ao caso Marka.
Disseram que pedirão à Polícia Federal a abertura de dois inquéritos:
um para investigar a suspeita de
crimes contra o sistema financeiro
e outro para apurar a legalidade da
posse da escopeta encontrada no
porta-malas de um carro de Cacciola, durante operação em sua casa. Eles pediram também a suspensão do sigilo dos documentos.
Segundo Maurício Manso, coordenador criminal da Procuradoria
da República no Rio, o pedido não
inclui os documentos que envolvem sigilo bancário e fiscal.
Manso informou que, na ação de
busca e apreensão de documentos
na Macrométrica -empresa de
consultoria econômica da qual Lopes foi sócio-, foram encontrados apenas arquivos e revistas antigas. Nada de importante "visualmente", segundo Manso.
Branquinho disse que a Procuradoria vai franquear à CPI os documentos que tenham relação com as
investigações no Senado. O mesmo, segundo ela, será feito com relação à PF, que investiga suspeita
de corrupção no BC.
A Associação Nacional dos Procuradores da República divulgou
ontem nota em apoio aos procuradores do Rio. Para o advogado
João Piza, autor da representação
dos ex-cotistas dos fundos do Banco Marka e dos deputados Aloizio
Mercadante e Ricardo Berzoini encaminhada ao Ministério Público,
não houve ilegalidade.
Colaborou a Reportagem Local
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