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CAMPANHA
Segundo o coordenador de campanha, o apoio do presidente ao tucano se dará "resguardadas as condições do cargo"
FHC não subirá em palanques de Serra
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Fernando Henrique Cardoso participará "de forma inequívoca" da campanha do
candidato tucano José Serra, mas
não subirá em palanques, a exemplo do que fez na campanha de
sua própria reeleição em 1998.
A informação foi prestada ontem pelo coordenador político da
campanha de Serra, o deputado
federal Pimenta da Veiga (PSDB-MG). Segundo a explicação dada
por Pimenta, o apoio "entusiasmado" de FHC se dará "resguardadas as condições do cargo".
Pimenta e o coordenador-executivo da campanha, Milton Seligman, convocaram entrevista
ontem para anunciar a ida para a
campanha do secretário de Comunicação de Governo, João Roberto Vieira da Costa.
"Contrariando as expectativas,
estamos aqui", disse Pimenta, ironizando as notícias segundo as
quais a entrada de João Roberto
significava um esvaziamento das
funções exercidas pelos dois.
Segundo Seligman, a coordenação política conduzirá a campanha. João Roberto será o coordenador de comunicação. Caberia a
ele articular os setores de criação,
comandado por Nizan Guanaes,
de mobilização, tendo à frente Bia
Aidar, e de imprensa, chefiado
por Andrea Gouvêa Vieira.
Hierarquia
Questionados pelos jornalistas
sobre quem estava subordinado a
quem, Pimenta e Seligman se
atrapalharam: "Todos somos subordinados ao Pimenta", disse
Seligman. "Ninguém é subordinado a ninguém", disse, ao mesmo tempo, Pimenta, que acrescentou: "Isso não é um quartel".
Tanto Pimenta quanto Seligman fizeram questão de ressaltar
as qualidades de João Roberto. "A
campanha se fortalece muito com
a presença dele. Seguramente, as
decisões serão tomadas de forma
mais ágeis", afirmou Seligman.
A participação de FHC na campanha deve ocorrer sobretudo no
horário eleitoral gratuito na TV. A
participação do presidente em comícios de rua envolveria uma
operação logística complicada e
cara: o presidente está sempre
cercado de seguranças, algo incompatível com o corpo-a-corpo
de uma campanha.
Pimenta e Seligman também
aproveitaram para criticar o candidato Ciro Gomes (PPS) e compará-lo ao ex-presidente Fernando Collor de Mello.
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