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PERFIL
Sob suspeita, Buratti foi exonerado por Palocci em 1994
DA REPORTAGEM LOCAL
Quando, em 2004, o nome de
Rogério Tadeu Buratti apareceu associado a uma suposta
exigência feita por Waldomiro
Diniz, ex-subchefe de Assuntos
Parlamentares da Casa Civil,
para a a renovação do contrato
entre a GTech e a Caixa Econômica Federal, o presidente Lula
cobrou explicações do ministro Antonio Palocci.
Na ocasião, Palocci disse a
Lula que, desde o final de 1994,
não trabalhava mais com Buratti. Foi naquele ano que o ministro, então prefeito de Ribeirão Preto, se viu obrigado a
exonerar Buratti, considerado
o homem forte de seu governo,
da Secretaria de Governo.
Sobre ele recaíam suspeitas
de distribuição prévia de obras.
Uma fita obtida e divulgada pela Folha na época apontava
conversas dele com um engenheiro da construtora Almeida
& Filhos, nas quais havia suspeitas de favorecimento. A Câmara e a Promotoria investigaram o caso e nada foi provado.
Após deixar a prefeitura, Buratti, advogado, criou a Assessorarte. Ficou na empresa, especializada na preparação de
concursos públicos, até 1999.
Depois passou a trabalhar só
para a Leão Leão -a maior financiadora da segunda campanha de Palocci à prefeitura.
A relação de Buratti com o PT
é antiga. Ele foi um dos fundadores do PT em Osasco, na década de 80, ao lado de políticos
como João Paulo Cunha.
Em depoimento à PF, diretores da GTech disseram que Diniz "impôs" à empresa a contratação de Buratti como assessor. Em troca, Diniz teria agido
para facilitar a renovação do
contrato com a Caixa pelo qual
a GTech gerencia as loterias federais (contrato de R$ 650 milhões). Ouvido novamente pela
PF, Buratti acusou a GTech de
tentar contratá-lo como lobista, e que ele não teria aceitado.
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