DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Insatisfeitos com a reforma da Previdência e a política econômica do governo, parlamentares ligados a servidores públicos cogitam criar, ainda neste ano, um novo partido político para reunir "esquerda e classe trabalhadora". A sigla serviria de refúgio para descontentes que romperam ou devem romper com o PT.
José Maria de Almeida, presidente do PSTU é um dos principais articuladores do novo partido.
Também participam dos debates alguns radicais petistas, como os deputados Babá (PA), Luciana Genro (RS) e João Fontes (SE) e a senadora Heloísa Helena (AL). O grupo corre o risco de ser expulso do PT por, justamente, se opor à reforma da Previdência.
"Se me expulsarem [do PT], a responsabilidade é deles [do governo]. Vão obrigar a saída de milhares de militantes que não concordam com essa reforma", afirmou o deputado Babá.
José Maria diz que o objetivo da nova sigla é "ocupar o espaço deixado pelo PT". O PSTU, movimentos de esquerda socialista insatisfeitos com o PT e representantes de movimentos sociais se uniriam para fortalecer a oposição ao governo.
"A nossa proposta, dentro da realidade política que se vê agora, é que se possa reunir a esquerda socialista num partido que promova uma melhora na qualidade de vida das pessoas", disse José Maria. (ID)


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