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MST fará protesto
na próxima quinta
do enviado especial
e da Agência Folha, em Belém
O MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) promete fazer, no próximo dia 26,
manifestações em frente a todos
os tribunais de Justiça dos Estados protestando contra o resultado do julgamento que absolveu
os comandantes da operação que
resultou na morte de 19 sem-terra
em Eldorado do Carajás.
Mas, depois dessa data, o movimento irá desmobilizar o grupo
que foi a Belém acompanhar o
julgamento dos envolvidos no
massacre de abril de 1996. O julgamento deverá acabar somente
no início de dezembro.
Cerca de mil sem-terra estão
acampados em uma praça próxima ao auditório da Universidade
da Amazônia, onde são realizadas as sessões do júri. O movimento chegou a prever o dobro
de manifestantes, mas não conseguiu atingir a meta.
Invasões
De acordo com João Pedro Stedile, um dos líderes nacionais do
movimento, o MST não pretende
intensificar as invasões de terra
por causa da decisão do júri de
absolver o coronel Mário Colares
Pantoja, o major José Maria Oliveira e o capitão Raimundo Almendra Lameira.
"Estamos confiantes na anulação desse julgamento. Quem pensa que essa luta acabou está enganado", afirmou Stedile. Entidades
ligadas à Igreja Católica divulgaram carta de protesto contra o resultado do julgamento.
O MST pedirá que entidades internacionais de direitos humanos
enviem faxes para o Tribunal de
Justiça do Pará protestando contra a absolvição dos réus.
Tumulto
Na madrugada de ontem, após a
leitura da sentença, cerca de 300
sem-terra passaram a gritar: "Assassinos, assassinos". Depois
ameaçaram invadir o auditório
da Universidade da Amazônia,
onde acontece o julgamento.
Quando manifestantes se aproximaram do cerco do Batalhão de
Choque da Polícia Militar, houve
tumulto. Os sem-terra passaram a
atirar velas. A PM avançou, e três
manifestantes foram presos.
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