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Rainha falta a
depoimento na
Polícia Federal
DA AGÊNCIA FOLHA, EM SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
O dirigente do MST José Rainha Júnior não compareceu
ontem à Polícia Federal em São
Paulo para depor em inquérito
que apura incitação ao crime,
aberto com base em declarações de que iria "incendiar" fazendas no Pontal do Paranapanema (oeste de São Paulo).
O advogado José Eduardo
Greenhalgh, que defende o dirigente, pediu nova data ou
transferência do depoimento
para Presidente Prudente (558
km a oeste de São Paulo).
No véspera, Rainha havia dito à Agência Folha que tinha
compromissos agendados antes e, por isso, solicitaria nova
data ou transferência.
Greenhalgh disse considerar
que o crime de que Rainha é
acusado, por ser previsto no
Código Penal, é assunto para
ser tratado pela Polícia Civil,
não pela Polícia Federal.
Segundo o advogado, o inquérito foi aberto a pedido do
ministro da Justiça, José Gregori. A assessoria do ministro negou. Disse que as superintendências da PF têm autonomia
para a decisão.
Caso Rainha seja indiciado, o
advogado do dirigente disse
que vai entrar com pedido de
habeas corpus para trancar o
processo, por não ver motivo
para a acusação.
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