São Paulo, quinta, 20 de novembro de 1997.




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Latim é rejeitado nas reuniões

das agências internacionais

A reunião do Sínodo dos Bispos para as Américas conseguiu uma façanha. Pela primeira vez, uma reunião do sínodo não atraiu nenhum religioso para os grupos de discussão em latim.
O fato se deu ontem, com o início das discussões por grupos linguísticos, que serve para aprofundar os temas expostos em assembléia.
Nenhum dos 297 cardeais, arcebispos e bispos -todos da América- se inscreveu no grupo em latim, uma das línguas disponíveis.
Foram formados 6 grupos: 3 em inglês, 1 em espanhol, 1 em português e 1 em italiano.
Para evitar a tendência de declínio do uso do latim -ainda a língua oficial da Santa Sé-, o papa Paulo 6º (1963-1978) criou a Fundação Pontifícia Latinitas, cujo principal objetivo é não deixar cair em desuso o latim.
Dirigida pelo abade agustino Carlo Egger, a fundação já criou um dicionário de neologismos latinos.
O dicionário serve para ajudar os novos falantes em latim e os padres atuais a falar sobre qualquer tema.
Há alguns anos, a fundação denunciou "a usurpação das línguas vulgares em prejuízo do latim".
O fato que motivou tal denúncia foi a substituição do latim pelo russo na lista de línguas com tradução simultânea no Sínodo dos Bispos para a Europa, em 1991.
No Vaticano, funciona um escritório com oito funcionários encarregados pela redação de textos da Igreja Católica em latim.
Imigração
Entre as discussões dos bispos ontem, uma foi sobre a imigração para os Estados Unidos.
Na opinião do arcebispo da Filadélfia (EUA), Anthony Joseph Bevilacqua, a Igreja Católica deve colaborar com o governo norte-americano no auxílio aos imigrantes que vivem no país.



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