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Latim é rejeitado nas reuniões
das agências internacionais
A reunião do Sínodo dos Bispos
para as Américas conseguiu uma
façanha. Pela primeira vez, uma
reunião do sínodo não atraiu nenhum religioso para os grupos de
discussão em latim.
O fato se deu ontem, com o início
das discussões por grupos linguísticos, que serve para aprofundar os
temas expostos em assembléia.
Nenhum dos 297 cardeais, arcebispos e bispos -todos da América- se inscreveu no grupo em latim, uma das línguas disponíveis.
Foram formados 6 grupos: 3 em
inglês, 1 em espanhol, 1 em português e 1 em italiano.
Para evitar a tendência de declínio do uso do latim -ainda a língua oficial da Santa Sé-, o papa
Paulo 6º (1963-1978) criou a Fundação Pontifícia Latinitas, cujo
principal objetivo é não deixar cair
em desuso o latim.
Dirigida pelo abade agustino
Carlo Egger, a fundação já criou
um dicionário de neologismos latinos.
O dicionário serve para ajudar os
novos falantes em latim e os padres
atuais a falar sobre qualquer tema.
Há alguns anos, a fundação denunciou "a usurpação das línguas
vulgares em prejuízo do latim".
O fato que motivou tal denúncia
foi a substituição do latim pelo
russo na lista de línguas com tradução simultânea no Sínodo dos
Bispos para a Europa, em 1991.
No Vaticano, funciona um escritório com oito funcionários encarregados pela redação de textos da
Igreja Católica em latim.
Imigração
Entre as discussões dos bispos
ontem, uma foi sobre a imigração
para os Estados Unidos.
Na opinião do arcebispo da Filadélfia (EUA), Anthony Joseph Bevilacqua, a Igreja Católica deve colaborar com o governo norte-americano no auxílio aos imigrantes
que vivem no país.
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