DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A festa de posse do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, em Brasília, contará com a presença de caravanas de todo o Brasil, com despesas pagas pelos diretórios regionais do PT e dos partidos aliados.
Os protocolos de posse no Congresso, no dia 1º de janeiro, data que provavelmente prevalecerá, e da transmissão da faixa presidencial no Palácio do Planalto devem ser mantidos.
Formalmente, os preparativos começaram ontem, depois da primeira reunião da equipe do PT que vai cuidar do evento: deputado Paulo Delgado (MG), o secretário de Organização do PT, Silvio Pereira, e o publicitário Duda Mendonça.
Lula tem dito que quer "uma festa com a cara do povo". Mas o grupo ainda não definiu exatamente o que isso significa.
"O povo não será escondido da posse, será integrado a ela", disse Pereira, que sugeriu usar telões e equipamentos de som para que a população possa acompanhar as solenidades no Congresso e no Planalto.
"A idéia é que a posse sinalize a cara do governo do Lula, numa festa em que o povo possa participar de forma mais integrada", resumiu Duda Mendonça, que será responsável pelos "20%" de diferencial prometidos para contrabalançar os "80%" de protocolos.
Trabalha-se com a possibilidade de haver uma solenidade extra em 2 de janeiro, destinada às autoridades estrangeiras.
Lula já avisou que não abre mão do contato com o povo, filosofia que deve dar o tom da posse e obrigar a equipe a investir nos cuidados com a segurança pessoal do presidente.
Assessores da Presidência, presentes à reunião de ontem, farão um levantamento dos gastos nas posses de Fernando Henrique Cardoso em 95 e 99.


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