São Paulo, sexta-feira, 20 de dezembro de 2002

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PACTO SOCIAL

Teórico do PT, Tarso pediu a renúncia de FHC

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

Tarso Genro, 55, chega ao governo Lula após uma conturbada disputa eleitoral no Rio Grande do Sul, apontada pelo próprio presidente eleito como contra-exemplo do que o seu partido deve fazer quando está no poder.
Considerado um expoente teórico do PT, Tarso derrotou o governador Olívio Dutra em primárias condenadas por vários campos do partido, que viam na disputa alvo para adversários.
Ambos tiveram vários atritos durante o ano, com Tarso acusando Olívio de stalinismo durante o Fórum Mundial Social por promover sua pré-candidatura. Tarso é um dos principais idealizadores do Fórum, que se reúne anualmente desde 2001 visando propor uma agenda alternativa à do Fórum Econômico Mundial, reunião de líderes políticos e econômicos de todo o mundo.
De fato, a dificuldade de Tarso em defender o governo Olívio foi um dos fatores que custou-lhe uma derrota surpreendente -não tanto pelo resultado, mas pelo oponente, o peemedebista Germano Rigotto, que tirou o ex-governador Antônio Britto (PPS) da disputa do segundo turno.
Tarso integra o chamado centro petista, corrente com 13% dos votos no Diretório Nacional do partido. Apesar de moderado, causou comoção em 1999 ao afirmar, em artigo na Folha, que o presidente Fernando Henrique Cardoso tinha um mandato ilegítimo.
Defendeu a renúncia, depois o pedido de impeachment de FHC. Foi derrotado, dentro e fora do PT, em ambas as causas.


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