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COMUNICAÇÃO
Luiz Gushiken é "guru" e também "súdito" de Lula
JOSÉ ALBERTO BOMBIG
DA REPORTAGEM LOCAL
Muito comuns nas últimas entrevistas e pronunciamentos de
Luiz Inácio Lula da Silva, frases
como "primeiro é preciso pensar
antes de dizer alguma coisa" ou
"não há nada que faça uma pessoa
ajuizada aprender mais do que as
derrotas" o presidente eleito
aprendeu com Luiz Gushiken, 52,
futuro secretário-geral de Comunicação de Governo.
Descendente de imigrantes japoneses, "China", como Lula se
refere a Gushiken entre amigos, é
uma espécie de consultor espiritual do presidente eleito.
Mais importante do que ser um
dos conselheiros do "rei", o ex-bancário e administrador de empresas é súdito fiel que segue Lula
desde a fundação do PT, em 1980.
É por conta dessa lealdade que
ele irá comandar um setor estratégico: pelas mãos do secretário
passarão as verbas de publicidade
do governo, estimadas em R$
232,2 milhões no próximo ano.
A verba está dividida em dois
programas: publicidade institucional -R$ 113.204.941- e publicidade de utilidade pública
-R$118.959.596. O dinheiro é
gasto pelos ministérios e autarquias com a supervisão da Secretaria de Comunicação. Gushiken
é tido dentro do PT como um dos
principais estrategistas do partido. Por isso, também, a escolha
para ocupar o cargo.
Nos anos 70, Gushiken participou da organização de esquerda
OSI (Organização Socialista Internacional), de orientação trotskista. Mas, no final de 1979, já na
diretoria do Sindicato dos Bancários de São Paulo, abandonou a
OSI e passou a fazer parte do processo de construção do PT.
Em 1985, na presidência do sindicato, Gushiken organizou e liderou a greve que parou o sistema
bancário do país durante três
dias. Com o apoio da categoria,
elegeu-se deputado federal constituinte em 1987. Na Câmara,
cumpriu mais dois mandatos. Em
1999, ocupando a presidência do
PT e coordenando a primeira
campanha de Lula ao Planalto,
Gushiken desistiu da reeleição e
montou uma empresa de consultoria para a área de previdência.
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