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OUTRO LADO
Agnelo confirma encontro, mas nega influência
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E
DA REPORTAGEM LOCAL
O ministro Agnelo Queiroz
diz ter recebido empresários de
bingo duas vezes no ano passado. Os grupos estiveram sempre liderados pelo deputado federal Nelson Proença (PPS-RS). Em 10 de abril, recebeu
seis empresários: Jaime Sirene,
Jorge Mioto, Laécio Botan, Hélio Bueno, Wilson Pereira e Baciclides Júnior. No dia 27 de
agosto, estiveram no gabinete
sete pessoas, além de Proença:
Jaime Sirene, Jorge Mioto, Hélio Bueno, Mário Augusto da
Silva, Célia Rubin, Carlos Canto e Paulo Nascimento.
Agnelo diz que pode ter encontrado Danilo Uchida em alguma solenidade pública, não
em audiência.
O tema dos encontros com os
empresários foi a legalização
dos bingos, "mas as sugestões
nunca foram levadas em consideração". O ministro era favorável à legalização. Agora, defende a decisão de ontem do
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva, que proíbe esse tipo de
jogo em todo o território.
"A atitude anterior do governo estatizaria o jogo. Era a prova de que o governo não sofreu
influência. A decisão atual é
mais radical ainda, pois mostra
que o governo não tem compromisso com os bingos", diz.
O presidente da Abrabin,
Olavo Sales da Silveira, afirma
que a entidade "nunca pagou
deputado". "Até porque seria
um erro estratégico se vincular
a um deputado. A Abrabin
sempre procurou estar próxima de todos os parlamentares,
de qualquer partido. Então teria que pagar 560 deputados."
O advogado de César Herman Rodriguez, Aparecido
Franco, diz que seu cliente não
lembra quem é Carlinhos.
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