São Paulo, sábado, 21 de fevereiro de 2004

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OUTRO LADO

Agnelo confirma encontro, mas nega influência

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA E
DA REPORTAGEM LOCAL

O ministro Agnelo Queiroz diz ter recebido empresários de bingo duas vezes no ano passado. Os grupos estiveram sempre liderados pelo deputado federal Nelson Proença (PPS-RS). Em 10 de abril, recebeu seis empresários: Jaime Sirene, Jorge Mioto, Laécio Botan, Hélio Bueno, Wilson Pereira e Baciclides Júnior. No dia 27 de agosto, estiveram no gabinete sete pessoas, além de Proença: Jaime Sirene, Jorge Mioto, Hélio Bueno, Mário Augusto da Silva, Célia Rubin, Carlos Canto e Paulo Nascimento.
Agnelo diz que pode ter encontrado Danilo Uchida em alguma solenidade pública, não em audiência.
O tema dos encontros com os empresários foi a legalização dos bingos, "mas as sugestões nunca foram levadas em consideração". O ministro era favorável à legalização. Agora, defende a decisão de ontem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que proíbe esse tipo de jogo em todo o território.
"A atitude anterior do governo estatizaria o jogo. Era a prova de que o governo não sofreu influência. A decisão atual é mais radical ainda, pois mostra que o governo não tem compromisso com os bingos", diz.
O presidente da Abrabin, Olavo Sales da Silveira, afirma que a entidade "nunca pagou deputado". "Até porque seria um erro estratégico se vincular a um deputado. A Abrabin sempre procurou estar próxima de todos os parlamentares, de qualquer partido. Então teria que pagar 560 deputados."
O advogado de César Herman Rodriguez, Aparecido Franco, diz que seu cliente não lembra quem é Carlinhos.


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