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Tucanos deverão
seguir opção de FHC
da Sucursal de Brasília
Apesar de defenderem um salário mínimo de pelo menos R$ 160,
os parlamentares do PSDB deverão apoiar o presidente Fernando
Henrique Cardoso se ele optar pelo valor de R$ 150, valor defendido pela equipe econômica.
"Nossa postura é a da responsabilidade. Não vamos aceitar a demagogia que está unindo o PFL e
o PT", afirmou o deputado Alberto Goldman (SP), um dos representantes do PSDB na comissão
que analisa o reajuste do mínimo.
Para se contrapor ao discurso
pefelista, que acusam de eleitoreiro, os tucanos vão dizer que o aumento dos gastos do governo pode elevar o endividamento público, o que dificultaria a redução
das taxas de juros. A manutenção
dos juros altos, segundo esse raciocínio, atrapalharia o aquecimento da economia e o crescimento da oferta de empregos.
"Não adianta aumentar salário
de um lado e causar desemprego
de outro", disse Goldman.
O líder do governo no Senado,
José Roberto Arruda (PSDB-DF),
disse ter a convicção de que não
será dado reajuste que ameace o
equilíbrio fiscal. "Não vai sair da
linha da responsabilidade fiscal."
Arruda conversou com FHC na
sexta-feira passada. Disse que o
presidente está analisando os cálculos que tem recebido da equipe
econômica, mas que tem levado
em consideração também as ponderações de "lideranças políticas
expressivas", como Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
"O presidente está dividindo a
responsabilidade. Inclusive porque o Congresso está votando o
Orçamento para 2000. É preciso
habilidade política. Vamos encontrar uma fórmula para chegar
a uma solução positiva",afirmou.
No PMDB, o líder Geddel Vieira
Lima (BA) também dá sinais de
que vai orientar o partido a aceitar a proposta do Planalto, sob o
argumento de que é preciso preservar a estabilidade econômica.
Já o PFL considera "inaceitável"
uma eventual proposta de R$ 150.
"É possível avançar. Com um salário maior, as despesas do governo vão aumentar, mas a arrecadação também vai crescer", disse o
deputado José Carlos Aleluia
(BA), vice-líder do PFL.
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