São Paulo, terça-feira, 21 de março de 2000


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Tucanos deverão seguir opção de FHC

da Sucursal de Brasília

Apesar de defenderem um salário mínimo de pelo menos R$ 160, os parlamentares do PSDB deverão apoiar o presidente Fernando Henrique Cardoso se ele optar pelo valor de R$ 150, valor defendido pela equipe econômica.
"Nossa postura é a da responsabilidade. Não vamos aceitar a demagogia que está unindo o PFL e o PT", afirmou o deputado Alberto Goldman (SP), um dos representantes do PSDB na comissão que analisa o reajuste do mínimo.
Para se contrapor ao discurso pefelista, que acusam de eleitoreiro, os tucanos vão dizer que o aumento dos gastos do governo pode elevar o endividamento público, o que dificultaria a redução das taxas de juros. A manutenção dos juros altos, segundo esse raciocínio, atrapalharia o aquecimento da economia e o crescimento da oferta de empregos.
"Não adianta aumentar salário de um lado e causar desemprego de outro", disse Goldman.
O líder do governo no Senado, José Roberto Arruda (PSDB-DF), disse ter a convicção de que não será dado reajuste que ameace o equilíbrio fiscal. "Não vai sair da linha da responsabilidade fiscal."
Arruda conversou com FHC na sexta-feira passada. Disse que o presidente está analisando os cálculos que tem recebido da equipe econômica, mas que tem levado em consideração também as ponderações de "lideranças políticas expressivas", como Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA).
"O presidente está dividindo a responsabilidade. Inclusive porque o Congresso está votando o Orçamento para 2000. É preciso habilidade política. Vamos encontrar uma fórmula para chegar a uma solução positiva",afirmou.
No PMDB, o líder Geddel Vieira Lima (BA) também dá sinais de que vai orientar o partido a aceitar a proposta do Planalto, sob o argumento de que é preciso preservar a estabilidade econômica.
Já o PFL considera "inaceitável" uma eventual proposta de R$ 150. "É possível avançar. Com um salário maior, as despesas do governo vão aumentar, mas a arrecadação também vai crescer", disse o deputado José Carlos Aleluia (BA), vice-líder do PFL.


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