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Ibama apresenta sucateamento
DO ENVIADO ESPECIAL
DA AGÊNCIA FOLHA EM TOMÉ-AÇU
Principal órgão de proteção
ambiental, o Ibama corre o risco de tornar-se inviável. Dos
5.500 funcionários, 60% terão,
em 2001, direito a se aposentar.
Em 11 anos, o Ibama nunca
realizou concurso público para
preencher vagas.
Segundo o ministro do Meio
Ambiente, Sarney Filho, haverá
concurso para 1.200 vagas no
final do ano. Essa data foi escolhida porque há limite para
contratações em ano eleitoral.
O sucateamento do Ibama
incentiva o crime ambiental.
Há 471 fiscais nos nove Estados
da Amazônia Legal -um para
cada 5,2 milhões de hectares.
Os salários não chegam a R$
1.000 reais mensais. Apenas um
terço dos servidores tem nível
superior. Os funcionários estão
em greve há duas semanas.
O maior exemplo da crise está no Ibama do Pará, sob intervenção desde abril. Foram dadas autorizações de exploração
de madeira em propriedades
fantasmas e terras griladas.
Paulo Castelo Branco, superintendente afastado pela intervenção, denunciou que em
seis anos foram aprovados 14
projetos de corte de floresta em
terras de um "fantasma" chamado Carlos Medeiros. Paulo
Khoury e José Maria dos Santos Gadelha, ex-superintendentes, dizem que apenas homologaram pareceres técnicos.
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