São Paulo, domingo, 21 de maio de 2000


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Ibama apresenta sucateamento

DO ENVIADO ESPECIAL

DA AGÊNCIA FOLHA EM TOMÉ-AÇU

Principal órgão de proteção ambiental, o Ibama corre o risco de tornar-se inviável. Dos 5.500 funcionários, 60% terão, em 2001, direito a se aposentar.
Em 11 anos, o Ibama nunca realizou concurso público para preencher vagas.
Segundo o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, haverá concurso para 1.200 vagas no final do ano. Essa data foi escolhida porque há limite para contratações em ano eleitoral.
O sucateamento do Ibama incentiva o crime ambiental. Há 471 fiscais nos nove Estados da Amazônia Legal -um para cada 5,2 milhões de hectares.
Os salários não chegam a R$ 1.000 reais mensais. Apenas um terço dos servidores tem nível superior. Os funcionários estão em greve há duas semanas.
O maior exemplo da crise está no Ibama do Pará, sob intervenção desde abril. Foram dadas autorizações de exploração de madeira em propriedades fantasmas e terras griladas.
Paulo Castelo Branco, superintendente afastado pela intervenção, denunciou que em seis anos foram aprovados 14 projetos de corte de floresta em terras de um "fantasma" chamado Carlos Medeiros. Paulo Khoury e José Maria dos Santos Gadelha, ex-superintendentes, dizem que apenas homologaram pareceres técnicos.


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