DA REPORTAGEM LOCAL

DO "AGORA SÃO PAULO"

Dois dos principais líderes tucanos -o ministro José Serra (Saúde) e o governador de São Paulo, Mário Covas- foram hostilizados ontem ao comparecer a eventos públicos.
O ministro Serra foi agredido com um ovo no rosto ao chegar a Sorocaba, interior de São Paulo, para participar de um encontro regional do PSDB.
Serra caminhava em direção a um prédio onde o evento estava sendo realizado quando um homem se aproximou dele e atingiu seu rosto com um ovo.
O ministro não se feriu. "Não foi uma manifestação. Não havia isso. Foi um ato isolado. Era um moleque, que fugiu em seguida", disse Serra. O agressor não foi identificado, e o ministro disse que não deu queixa à polícia.
Já o governador Mário Covas, um dia depois de ser agredido com uma bandeira ao enfrentar pessoalmente um grupo de manifestantes, foi alvo de novo protesto, desta vez em Mogi das Cruzes (a 50 km da capital).
Durante a inauguração da ampliação de um hospital, Covas foi vaiado por um grupo de professores, servidores da saúde e militantes do PSTU (Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado), de extrema esquerda.
O governador recebeu uma caixa de caqui de presente de um vereador local. Covas entregou uma das frutas a um dos seus apoiadores. "Vocês (protestantes) não trouxeram ovos hoje (ontem), então tomem um caqui para atirar."
Ele se referia ao episódio em que foi atingido por um ovo durante um protesto de funcionários públicos contra projeto de lei da Previdência estadual, em setembro do ano passado.
O governador reagiu à agressão sofrida em São Bernardo do Campo anteontem. "O cara que me deu a paulada na cabeça bate e corre. É tudo gente covarde e fascista que nunca pensou no povo."
Covas fará cirurgia para a retirada de hérnia no abdome, no Instituto do Coração, na capital. A cirurgia pode ocorrer amanhã, mas ainda depende da recuperação do governador, que está gripado.


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