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NO AR
'Baderna'
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
A Band, entre as redes, saiu sozinha, ao vivo:
- Manifestantes tentam invadir... Bombas de gás... Balas de borracha... O senador Eduardo Suplicy foi atacado por cães da polícia e teve as roupas rasgadas.
A Globo News seguiu:
- Choque em frente ao Ministério da Justiça... Manifestantes se feriram com as bombas de gás... Grupo mais ou menos restrito de pessoas provocou os policiais.
Foi a cobertura ao vivo, com pouco ou nenhum juízo sobre a manifestação.
Boris Casoy, depois, julgou e condenou:
- Baderna.
William Bonner, na Globo, fez eco:
- Baderna.
A Globo evitou transmitir ao vivo e, no Jornal Nacional, só deu "baderna".
"Longe do tumulto, em Portugal", como observou a CBN, o presidente enviou pela televisão algumas críticas à "manifestação política".
A repreensão de FHC, em tom professoral, como que balançando a cabeça:
- Utilizar o desemprego assim...
Perto do tumulto, no palácio, o presidente interino não foi professoral, na repreensão. ACM decretou, em nota, pela televisão:
- O país resolverá os seus conflitos com ordem e dentro dos princípios legais. Anarquia, não.
Sempre "lei e ordem", bordão eleitoral do PFL.
No meio do tumulto, Lula:
- Quem sabe a viagem de Fernando Henrique tenha sido proposital, para colocar o ACM para fazer a brutalidade que ele não quer aparecer fazendo.
E-mail: nelsonsa@uol.com.br
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