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PT nacional
banca alianças
nos Estados
DA REPORTAGEM LOCAL
A direção nacional do PT vai
bancar a aliança com o PL nos Estados em que o antagonismo dos
dois partidos for insuperável.
A garantia faz parte do pacote
que os petistas apresentaram aos
liberais anteontem à noite para
assegurar que o senador e empresário José Alencar (PL-MG) compusesse a vaga de vice na chapa
presidencial de Luiz Inácio Lula
da Silva. Como último recurso,
haveria "intervenção branca" nos
diretórios rebeldes.
O PL, preocupado em ter um
aliado forte em todos os Estados
para formar bancada expressiva
na Câmara dos Deputados, reivindica a reprodução da coligação
em 13 Estados. Mas há dificuldades em Santa Catarina, Alagoas,
Rio Grande do Norte, Maranhão,
Paraná e Amapá.
Nesses locais, haverá um "trabalho político" das duas cúpulas
partidárias nos próximos dias. Se
não der resultado, a saída será
uma medida de força, com a "intervenção branca" -ou seja, a
Executiva Nacional petista, em
reunião na segunda-feira, decidirá a aliança.
Segundo Sílvio Pereira, secretário nacional de Organização petista, a prioridade é que as próprias seções locais resolvam seus
problemas. "Esta é a orientação
geral. A aliança nacional ocorrerá,
e as dificuldades estaduais serão
superadas." Intervenção formal
nos diretórios, segundo Pereira,
não está em cogitação, porque
não há necessidade para tanto.
Dos 27 Estados, há 7 em que não
há problema de coligação entre as
duas legendas, como Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Paraíba.
Em outros 7, o PL não tem interesse em fazer coligação com os
petistas, porque tem força para
sozinho, ou com outros aliados,
fazer boa bancada. O caso emblemático é o de São Paulo, em que
os liberais tendem a se coligar
com Paulo Maluf (PPB).
Os petistas, aliás, querem evitar
o apoio do PL a Maluf, por considerarem que isso teria repercussão negativa nas bases petistas.
Segundo avaliação no partido, o
acordo com Alencar também "fere de morte" a candidatura de Anthony Garotinho, por ter impedido o apoio do PL ao PSB em alguns Estados-chave para o ex-governador do Rio.
(FÁBIO ZANINI)
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