|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
DUPLA CAIPIRA
Vice de Serra pede o apoio de pefelistas
Rita é estrela em festa junina do PFL
OTÁVIO CABRAL
DO PAINEL, EM BRASÍLIA
A deputada Rita Camata
(PMDB-ES), candidata a vice-presidente do tucano José Serra,
foi a estrela da tradicional festa
de são João do PFL, anteontem,
no apartamento do senador José
Jorge (PE), em Brasília.
Se havia alguma dúvida sobre
o apoio maciço do partido a Serra, ruiu no "arraial". O único renitente era o presidente do PFL,
senador licenciado Jorge Bornhausen (SC), que reagiu com
um quase galanteio ao convite
de Rita para aderir à campanha:
"Só apóio o Serra numa hipótese: invertendo a chapa".
Marco Maciel, atual vice-presidente da República, chegou à
festa com dois seguranças, um à
paisana e outro fardado. Era o
único político de terno no "arraial", que teve comidas típicas,
bandeirolas e forró.
Logo na porta, deu de cara
com Rita. "Se a condição para
ser vice for a magreza, eu já estou eleita", provocou ela. E Maciel: "Mas você tem muito mais
do que isso!".
Com uma cumbuca de sarapatel na mão e um copo de vinho
tinto na outra, Maciel previa para o acanhado Bornhausen que,
no primeiro turno, 70% do PFL
vai apoiar Serra e o restante ficará com Ciro. No segundo, o partido vai 100% de Serra. "Ninguém apoiará Lula, ele é incompatível com o PFL", disse.
Até Roseana Sarney (PFL-MA), que abandonou a disputa
presidencial cheia de mágoa do
governo, dos tucanos e de Serra?
Iniciou-se uma enquete informal na festa. E deu de tudo.
Para Maciel, "ela vai fazer
campanha para o Serra, duvido
que ela apóie o Lula". Ao contrário, um velho assessor de Roseana disse, em tom de informação,
que "ela fará campanha para Lula e vestirá a camisa do PT".
Mais comedido, o líder pefelista no Senado, José Agripino
Maia (RN), apostou que a ex-governadora se elege senadora e
"viaja para o Taiti para não ter
que votar no segundo turno".
Ciro
Apesar de se anunciar partidário de Ciro Gomes (PPS), Agripino não foi ao lançamento do
livro dele, na mesma noite, em
Brasília, e ainda cutucou: "Conheço bem o Ciro, ele é muito
autoritário". Maciel continuou
falante e condenou o terrorismo
do mercado contra Lula.
Na sala, o senador Eduardo
Suplicy (PT-SP) dançava forró
animadamente com a deputada
Ester Grossi (PT-RS). O que evidenciou a grande ausência da
festa: não havia um só tucano
por lá.
Texto Anterior: Mendes critica oposição ao governo Próximo Texto: Carajás: Julgamento termina com 144 absolvidos Índice
|