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IAP visa colaborar com governo no setor
da Reportagem Local
Para fazer a intermediação com
o governo, os publicitários criaram, em maio do ano passado, o
IAP (Instituto para Acompanhamento da Publicidade).
É uma associação civil, com sede
em Brasília, sustentada pelas
agências que atendem o governo
federal. O principal objetivo do
IAP é fornecer ao governo, "a título de colaboração espontânea e
gratuita, informações e dados integrados de mídia veiculada e de
investimentos publicitários".
É com base, principalmente,
nesses dados, que o governo fiscaliza custos, veiculação e monitora
o trabalho das agências.
Por exigência estatutária, os estudos não são divulgados. "É vedado o acesso de terceiros e a publicação dos dados fornecidos ou
processados a partir de informações das agências", prevê o parágrafo segundo do artigo terceiro
dos estatutos do IAP.
Para presidir o IAP foi escolhido
o publicitário Petronio Correa,
que tem larga experiência no assunto e foi proprietário da MPM,
que dominou a publicidade oficial
durante os governos militares.
Uma das medidas que marcou o
grupo liderado por Correa, naquela época, foi manter fechado o
mercado publicitário, para evitar a
entrada de multinacionais no
atendimento ao governo.
O ato de constituição do IAP
contou com a participação de 15
agências. A primeira signatária da
ata é a DM9/DDB, na ocasião representada pelo publicitário Geraldo Walter de Souza Filho, morto neste ano, que cuidou da campanha eleitoral de FHC em 1994.
Os valores das contribuições variam e são fixados proporcionalmente ao montante de veiculação
que cada agência autorizar, por
ordem e conta de órgãos da administração federal. O número de
votos e o preenchimento de cargos
do Conselho de Orientação também são definidos a partir dos volumes de veiculação.
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