São Paulo, domingo, 21 de junho de 1998

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IAP visa colaborar com governo no setor

da Reportagem Local

Para fazer a intermediação com o governo, os publicitários criaram, em maio do ano passado, o IAP (Instituto para Acompanhamento da Publicidade).
É uma associação civil, com sede em Brasília, sustentada pelas agências que atendem o governo federal. O principal objetivo do IAP é fornecer ao governo, "a título de colaboração espontânea e gratuita, informações e dados integrados de mídia veiculada e de investimentos publicitários".
É com base, principalmente, nesses dados, que o governo fiscaliza custos, veiculação e monitora o trabalho das agências.
Por exigência estatutária, os estudos não são divulgados. "É vedado o acesso de terceiros e a publicação dos dados fornecidos ou processados a partir de informações das agências", prevê o parágrafo segundo do artigo terceiro dos estatutos do IAP.
Para presidir o IAP foi escolhido o publicitário Petronio Correa, que tem larga experiência no assunto e foi proprietário da MPM, que dominou a publicidade oficial durante os governos militares.
Uma das medidas que marcou o grupo liderado por Correa, naquela época, foi manter fechado o mercado publicitário, para evitar a entrada de multinacionais no atendimento ao governo.
O ato de constituição do IAP contou com a participação de 15 agências. A primeira signatária da ata é a DM9/DDB, na ocasião representada pelo publicitário Geraldo Walter de Souza Filho, morto neste ano, que cuidou da campanha eleitoral de FHC em 1994.
Os valores das contribuições variam e são fixados proporcionalmente ao montante de veiculação que cada agência autorizar, por ordem e conta de órgãos da administração federal. O número de votos e o preenchimento de cargos do Conselho de Orientação também são definidos a partir dos volumes de veiculação.



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