São Paulo, sexta-feira, 21 de julho de 2000


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Presidente da Fiesp crê em "ação isolada" de EJ

ALESSANDRA KORMANN
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Horácio Lafer Piva, acredita que é "uma ação isolada" a atuação do ex-secretário-geral da Presidência Eduardo Jorge Caldas, acusado de tráfico de influência e de envolvimento com a obra irregular do Fórum Trabalhista de São Paulo. "Está parecendo uma ação oportunista de lobby do Eduardo Jorge", disse.
Piva não vê contornos de uma possível crise institucional que possa afetar o governo federal. Ele disse não acreditar em envolvimento do presidente Fernando Henrique Cardoso e do ministro Martus Tavares (Planejamento) com a obra superfaturada do fórum, da qual foram desviados R$ 169 milhões.
As declarações foram dadas ontem, durante entrevista coletiva em que foi divulgada uma pesquisa da Fiesp em parceria com o Instituto Vox Populi. De acordo com o levantamento, o índice de confiança da indústria paulista no Brasil é de 5,4 (em uma nota de 0 a 10). A pesquisa foi realizada entre 4 e 6 de julho e, portanto, não mostra possíveis reflexos do caso EJ na opinião dos empresários.
O índice de confiança reflete a opinião dos industriais sobre diversos aspectos socioeconômicos e políticos do país. A nota 6 é considerada "razoável" pela Fiesp.
Em julho, foi registrado um pequeno aumento no índice, que passou a ser feito com nova metodologia e divulgado trimestralmente. Em março, o último mês pesquisado, o grau de confiança do empresariado foi de 5,3, utilizando-se a nova metodologia (4,6 com a antiga). Para o presidente da Fiesp, isso é reflexo da queda nas taxas de juros, que baixaram em junho de 18,5% para 17,5%.
De acordo com a pesquisa, o governo federal recebeu nota 4,7 na condução do país. "O índice não é ruim, mas poderia ser melhor se o governo desse prosseguimento à reforma tributária", disse Piva. Para 81% dos entrevistados, a proposta de uma minirreforma é apenas um gesto político que, na prática, vai acabar com a possibilidade de aprovação da reforma tributária na sua totalidade.


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