São Paulo, sexta-feira, 21 de julho de 2000


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PANORÂMICA

SÃO PAULO
Covas volta a discutir com manifestantes durante inauguração no interior
O governador de São Paulo, Mário Covas (PSDB), voltou a discutir ontem com professores da rede pública de ensino estadual. Ele chamou os professores de malufistas.
Dessa vez, o bate-boca aconteceu em Assis (460 km a oeste de SP), durante a reinauguração de uma agência do Banco do Povo.
"No meu governo existe democracia. Por isso, vocês podem fazer manifestações sem medo. Se fosse o Maluf (governador), além de serem presos, vocês iriam levar golpes de cassetete", disse o governador Covas.
A discussão começou, por volta das 11h, quando cerca de 20 professores ligados à Apeoesp (sindicato dos professores estaduais) estenderam faixas que pediam a melhoria imediata no sistema de ensino público do Estado de São Paulo.
O governador, que discursava em um palanque improvisado em frente à agência do Banco do Povo, passou a trocar insultos com os manifestantes.
"Eu sou o governador que mais investiu em educação. Se vocês tiverem ovos, podem atacar. Ninguém vai me mandar embora da cidade."
Após uma hora de seguidas discussões, Covas entrou em um carro alugado pelo governo e saiu da cidade.
Em Maracaí e Cândido Mota, grupos de professores promoveram pequenos protestos contra o governador. Não houve manifestações em Santa Cruz do Rio Pardo e Palmital.
No mês passado, Covas discutiu com o estudante Edi Paraizo -o mesmo que quebrou um ovo no rosto do ministro José Serra- em Sorocaba. O incidente também ocorreu durante a cerimônia de inauguração de uma agência do Banco do Povo. Na ocasião, o governador chamou 23 manifestantes da União Sorocabana dos Estudantes presentes de "fascistas" e "covardes". (DA AGÊNCIA FOLHA)


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