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São Paulo, segunda-feira, 21 de julho de 2003

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Servidores farão acampamento na Esplanada

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os servidores públicos enfrentam uma dificuldade peculiar no espaço mais simbólico para o funcionalismo estatal: a Esplanada dos Ministérios. "Hoje em dia é muito difícil fechar a Esplanada porque só tem terceirizado. Segundo o TCU [Tribunal de Contas da União], quase 70% do pessoal é de empresas contratadas", disse José Domingues Godoy Filho, vice-presidente do Andes (professores universitários).
A alternativa dos servidores é realizar atos simbólicos, como um acampamento na Esplanada e uma marcha a Brasília que, segundo os organizadores, deve reunir cem mil pessoas.
Com a terceirização, disseminada no governo de Fernando Henrique Cardoso (95-02), os serviços de segurança, manutenção e limpeza dos ministérios não aderem à greve. O número de servidores diminuiu: segundo Domingues, durante os anos FHC foram demitidos 220 mil funcionários públicos e contratados apenas 30 mil.
Após o parecer do deputado José Pimentel (PT-CE), os servidores decidiram ocupar o canteiro central da Esplanada a partir desta semana e realizar a marcha na próxima semana.
Eles estudam paralisar as atividades de serviços estratégicos como a fiscalização em aduanas e a distribuição de dinheiro feita pelo Banco Central. Sindicalistas da Cnesf (Coordenação Nacional de Entidades de Servidores Federais), pretendem negociar amanhã com os funcionários do BC a adesão à greve por ao menos alguns dias.


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