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Servidores farão acampamento na Esplanada
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os servidores públicos enfrentam uma dificuldade peculiar no espaço mais simbólico
para o funcionalismo estatal: a
Esplanada dos Ministérios.
"Hoje em dia é muito difícil fechar a Esplanada porque só
tem terceirizado. Segundo o
TCU [Tribunal de Contas da
União], quase 70% do pessoal é
de empresas contratadas", disse José Domingues Godoy Filho, vice-presidente do Andes
(professores universitários).
A alternativa dos servidores é
realizar atos simbólicos, como
um acampamento na Esplanada e uma marcha a Brasília que,
segundo os organizadores, deve reunir cem mil pessoas.
Com a terceirização, disseminada no governo de Fernando
Henrique Cardoso (95-02), os
serviços de segurança, manutenção e limpeza dos ministérios não aderem à greve. O número de servidores diminuiu:
segundo Domingues, durante
os anos FHC foram demitidos
220 mil funcionários públicos e
contratados apenas 30 mil.
Após o parecer do deputado
José Pimentel (PT-CE), os servidores decidiram ocupar o
canteiro central da Esplanada a
partir desta semana e realizar a
marcha na próxima semana.
Eles estudam paralisar as atividades de serviços estratégicos
como a fiscalização em aduanas e a distribuição de dinheiro
feita pelo Banco Central. Sindicalistas da Cnesf (Coordenação
Nacional de Entidades de Servidores Federais), pretendem
negociar amanhã com os funcionários do BC a adesão à greve por ao menos alguns dias.
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