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Só um grupo declara
interesse na Ceterp
da Folha Ribeirão
Apenas um grupo financeiro, o
Schahin-Cury, se inscreveu para
participar do leilão de privatização
da Ceterp, na próxima segunda-feira. Com apenas um comprador declarado, a telefônica deve
ser vendida sem ágio, pelo preço
mínimo de R$ 200.009.111, fixado
pela Prefeitura de Ribeirão Preto
(319 km de São Paulo).
A data de credenciamento dos
interessados em participar do leilão terminou ontem, às 12h. O
grupo Algar, que estava inscrito
no "data room" da empresa, juntamente com o grupo Schahin-Cury, não deve participar do
leilão na Bovespa.
O "data room" consiste em uma
sala de informações da empresa
disponível aos interessados em
participar de sua privatização.
Segundo o diretor de planejamento do Algar, Teruo Murakoshi, o grupo resolveu não participar
do leilão porque considera o preço
mínimo estabelecido alto.
"Nós terminamos nosso estudo
e concluímos, que, para o Algar, o
preço mínimo está acima do que
vale no mercado", disse ele.
De acordo com o cronograma de
privatização da Ceterp, para o grupo Schahin-Cury participar do leilão, a Anatel (Agência Nacional de
Telecomunicações) deve analisar
os documentos de pré-identificação enviados pelo grupo hoje e divulgar o resultado amanhã, às 18h.
Somente na sexta, após o grupo
ter apresentado garantias financeiras para o pagamento da Ceterp, o Schahin-Cury estará habilitado para participar do leilão de
privatização da empresa.
O prefeito de Ribeirão, Luiz Roberto Jábali (PSDB), não quis falar
com a Folha ontem sobre o assunto. Ele esteve na Bovespa, segundo
sua assessoria de imprensa.
Para o secretário de Negócios Jurídicos de Ribeirão, Hilton de
Araújo, a participação de apenas
uma empresa no leilão é uma surpresa. "Agora o cronograma de
privatização da Ceterp será seguido com apenas um comprador."
Para o diretor financeiro do Banco Ribeirão Preto, Nelson Rocha
Augusto, a proximidade do leilão
da Ceterp com a privatização da
Telebrás pode ser um dos motivos
do pouco interesse na compra da
telefônica.
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