ELVIRA LOBATO
da Sucursal do Rio

O Ministério das Comunicações adiou para hoje o encerramento do prazo de entrega dos documentos para pré-qualificação das empresas interessadas em participar do leilão de privatização da Telebrás.
O prazo deveria ter se esgotado às 18h de ontem, mas a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro -onde o leilão será realizado, no próximo dia 29- foi orientada pelo governo a aceitar a documentação até as 14h de hoje.
A Bolsa disse que a ordem lhe foi passada pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social). O banco, por sua vez, informou que o adiamento não se deveu a nenhum problema -foi apenas para facilitar a inscrição das empresas.
As companhias norte-americanas que vão disputar o leilão da Telebrás esperam uma competição acirrada. "Viemos preparados para uma disputa tão grande quanto a da banda B", afirmou o diretor-executivo da SouthWestern Bell, Felipe Muñoz.
Em 97, a empresa disputou -e perdeu- as concessões para o serviço celular privado, em consórcio com a Andrade Gutierrez, Monteiro Aranha e Mannesmann.
Muñoz diz que a empresa não contava com uma concorrência tão agressiva. "O mercado brasileiro é muito atraente, e os outros competidores foram mais ousados do que nós", afirmou. Desta vez, será diferente.
Técnicos da companhia passaram as últimas semanas nas salas de informação das quatro maiores empresas de telefonia celular do governo: Telesp, Tele Sudeste (Rio e Espírito Santo), Telemig e Tele Celular Sul (Paraná e Santa Catarina). Muñoz diz que a companhia poderá disputar outras empresas.
A apenas uma semana do leilão, a SouthWestern Bell guarda sua estratégia a sete chaves. Há a expectativa de que a empresa possa disputar o leilão em parceria com a France Telecom, uma vez que são sócias da mexicana Telmex.
A estatal francesa também está consultando salas de informações do Sistema Telebrás, mas Muñoz diz que não está autorizado a falar se as duas repetirão a parceria.



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