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SUCESSÃO
Campanha será intensificada nos Estados
Comitê já vê vitória
de FHC no 1º turno
da Sucursal de Brasília
O presidente Fernando Henrique Cardoso vai intensificar a
campanha de rua para tentar vencer as eleições no primeiro turno.
A proposta do comando da campanha é que FHC visite todos os
Estados, inclusive aqueles em que
enfrenta problemas de palanque.
"Vamos intensificar a campanha para melhorar o desempenho
do presidente. Se ele puder ir a todos os Estados, irá", disse o coordenador político, Euclides Scalco.
Segundo Scalco, o comitê de
campanha trabalha com a previsão de vitória no dia 4 de outubro.
"Se não der, vamos disputar a do
dia 25 de outubro." A estratégia
foi definida diante do "sucesso"
das viagens a Coremas e Monteiro
(PB) e Porto Alegre (RS).
Ontem, Scalco se reuniu com o
presidente do PFL, Jorge Bornhausen, e a estratégia foi detalhada. "As viagens foram coroadas
de êxito", afirmou Bornhausen.
Para resolver os problemas de
palanque, o comando da campanha negociará diretamente com os
presidentes de diretórios regionais
dos partidos aliados e do PMDB.
Em apenas nove Estados, FHC
não enfrenta problemas de palanque ou já definiu quem são seus
aliados preferenciais: Rio Grande
do Sul (onde esteve no final de semana), Amazonas, Bahia, Maranhão, Amapá, Paraná, Alagoas,
Paraíba e Ceará. As viagens a esses
Estados não foram definidas.
Onde há problemas, FHC deverá
ir como presidente, mas as despesas de transportes serão pagas pelo
PSDB. O comando também encontrou uma brecha para colocar
FHC ao lado dos candidatos do
PMDB, que poderão aparecer junto com o presidente-candidato no
material impresso: outdoor, santinhos, cartazes etc.
Gustavo Franco
A coordenação se contrapôs às
declarações do presidente do Banco Central, Gustavo Franco, de
que não há dinheiro para investimentos na área social.
As declarações de Franco mostram falta de sintonia entre a equipe econômica e setores da campanha que defendem o desenvolvimento com estabilidade como
prioridade.
Um dos principais problemas
que FHC enfrenta é a falta de investimentos no social.
"Não há recursos. A única maneira de resolver o problema social é estabilizando preços", disse
Franco, em entrevista à revista semanal "Época". "Concordo com
o grupo que está fazendo a campanha. Evidentemente que há recursos", disse Scalco.
Franco, um dos pais do Plano
Real, criticou também mudanças
na política econômica em um
eventual segundo mandato.
"Já ouvi observações de que no
próximo mandato o presidente
iria mudar sua ênfase e teria uma
orientação econômica diferente. O
que é curioso é que essa orientação diferente assemelha-se ao programa do PT", disse.
Desenvolvimento
"Desenvolvimento, todos querem. Isso não é patrimônio de ninguém. É de quem tem interesse no
desenvolvimento. O programa é
de desenvolvimento. Ele afirmou
em Belo Horizonte (terça passada)
que o país vai crescer 6% e tem de
ter dinheiro", afirmou Scalco.
Hoje, a equipe começa a divulgar os cadernos de governo.
São 27 com os principais feitos
do governo FHC, que servirão de
base para um novo mandato.
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