São Paulo, quinta-feira, 21 de outubro de 2004

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NACIONAL

PSDB é favorito em três capitais, incluindo São Paulo, o maior eleitorado do país; o PT deve vencer disputas em duas capitais

Petistas e tucanos são os líderes no 2º turno

FERNANDO RODRIGUES
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Pesquisas de opinião em 32 dos 44 municípios que terão segundo turno mostram que as disputas são lideradas em sua maioria por candidatos do PT e do PSDB. Há tucanos na ponta em oito grandes cidades (três delas capitais). Petistas lideram em nove dessas localidades (duas das quais capitais).
A situação do PSDB é mais confortável, pois José Serra lidera em São Paulo com 12 pontos à frente de Marta Suplicy (PT), segundo pesquisa Datafolha do dia 15.
Quando se soma os eleitorados dos municípios onde o PSDB tende a vencer, encontra-se 9,9 milhões de eleitores. Nos do PT, só 3,7 milhões de eleitores. São Paulo é o fator de desequilíbrio: tem o maior eleitorado, 7.771.503.
Os levantamentos reunidos pela Folha mostram um quadro semelhante ao de antes do primeiro turno: várias disputas são monopolizadas por PSDB e PT.
Nas 32 cidades para as quais já há pesquisas, o eleitorado é de 22,6 milhões. O total nas 44 cidades em que haverá segundo turno é de 27,3 milhões -ou 22,8% dos brasileiros aptos a votar.
Chama a atenção neste segundo turno que os petistas favoritos em capitais não são nomes de destaque nacional: Luizianne Lins (Fortaleza) e Alexandre César (Cuiabá). No caso de Luizianne, sua ascensão foi contra a direção nacional, que preferia o candidato do PC do B, Inácio Arruda, que não passou ao segundo turno.
Já no PSDB, o maior destaque é Serra. Além dele, há Barjas Negri, favorito em Piracicaba (SP).
Negri é do grupo de Serra. Agora, conseguiu ir para o segundo turno em Piracicaba -onde o prefeito atual, o petista José Machado, ficou em terceiro lugar. Não é uma derrota qualquer para o PT. Antes de ser prefeito de Piracicaba, Machado foi líder petista na Câmara dos Deputados.
Na mesma moeda, o PT tenta devolver com a vitória do petista Emídio de Souza contra o tucano Celso Giglio, em Osasco (Grande São Paulo), que, hoje, é o maior município governado pelo PSDB.
Emídio é do grupo do presidente da Câmara, João Paulo Cunha, que quer ser candidato a governador de São Paulo -disputando contra outros petistas, como o senador Aloizio Mercadante.
O PT só sofreu até agora um grande revés neste segundo turno: Porto Alegre (RS). Essa é a única cidade grande em que o petista que passou para a fase final da eleição foi superado pelo que estava em segundo lugar.
Raul Pont (PT) teve no primeiro turno 37,62%, e José Fogaça (PPS), 28,34%. Agora, o cenário se inverteu. Segundo pesquisa do Cepa (Centro de Estudos e Pesquisas em Administração), Fogaça tem 50,1%, e Pont, 41,4%.
Depois de PT e PSDB, as 32 pesquisas já disponíveis mostram a presença do PDT na liderança de Salvador (BA), Maceió (AL), Campinas (SP) e Bauru (SP). O PFL amarga uma posição secundária. Nas 31 cidades pesquisadas, aparece na liderança apenas em uma, São José do Rio Preto (SP).
O PMDB luta para conseguir seu maior município. Até agora, entre os mais de mil prefeitos eleitos, a cidade mais importante garantida foi Campo Grande (MS). Hoje, Iris Rezende (PMDB) lidera com folga em Goiânia (GO) contra Pedro Wilson (PT).
Entre os de esquerda, o PSB aparece na ponta em três cidades (duas capitais): Manaus (AM), Natal (RN) e Anápolis (GO).


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