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OUTRO LADO
Advogado diz que são dele duas das agendas retidas
DA REPORTAGEM LOCAL
O advogado do empresário
Law Kin Chong, Élcio Scapaticio, afirmou ontem que não há
nenhum envolvimento de seu
cliente com o contrabando e
que cabe à CPI da Pirataria o
"ônus da prova".
"Com certeza, ano que vem
tem eleições. E eles [os deputados] têm de aparecer", disse o
advogado. Ele salientou que o
empresário não teve nenhuma
condenação e que a CPI da Pirataria não tem o direito de
acusá-lo sem provas.
Scapaticio e o advogado Paulo Sérgio de Lima Vasconcelos
chegaram ao escritório de Law
depois de parte do material já
ter sido apreendida pelos deputados da CPI e promotores
do Gaeco. O empresário já tinha feito um contato telefônico
com o zelador do prédio para
saber da operação, segundo
apuração da CPI.
De acordo com a defesa, Law
apenas administra os shoppings e aluga estandes e depósitos, não sendo responsável pelo
material encontrado neles.
Scapaticio criticou principalmente a apreensão de agendas
telefônicas que, segundo a CPI,
contêm números de policiais
federais e civis de São Paulo.
Segundo o advogado, duas das
agendas são dele. "Elas são de
minha propriedade, e a CPI
não poderia levá-las".
De acordo com os deputados,
as agendas estavam na mesa da
secretária de Law e, portanto,
deveriam ser analisadas.
Scapaticio disse também desconhecer a apreensão de dois
cheques encontrados em nome
de Neusa de Almeida, suposta
laranja de Law.
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