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Congressistas destinam cotas a bases eleitorais
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Não há diferença entre o baixo
clero e o alto clero do Congresso
quando o assunto é emenda individual no Orçamento. Deputados
e senadores esgotaram a cota individual de R$ 3,5 milhões a que
tiveram direito para destinar dinheiro público a projetos em suas
bases eleitorais. Esperam agora
que as verbas sejam liberadas pelo
governo.
Severino Cavalcanti (PP-PE),
que virou presidente da Câmara
como representante do baixo claro, repartiu sua cota em 16 emendas. A mais cara delas destina R$
1,2 milhão a obras de infra-estrutura urbana em pequenos municípios de Pernambuco. O deputado manda valores menores (R$ 50
mil) para compra de equipamentos hospitalares em Vertente do
Lério e para um posto de saúde
em Surubim.
O novo presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), alto clero há anos, dividiu sua cota
em apenas quatro emendas. A
maior fatia, R$ 2,2 mi, apóia obras
para estímulo ao turismo na praia
de Barra de Santo Antônio, em
Alagoas. Seu antecessor, José Sarney (PMDB-AP), reservou R$ 175
mil para a construção de quadra
de esportes no Oiapoque.
Ginásios esportivos, calçamentos em municípios, postos de saúde e obras de saneamento e para
estimular o turismo são exemplos
de projetos que mais atraem a
atenção dos congressistas.
No ano passado, os compromissos de gastos -primeiro passo para a liberação do dinheiro
pelo Executivo- com esse tipo
de projeto somaram pelos menos
R$ 641 milhões, ou o equivalente a
quatro aerolulas. As emendas individuais tinham então, valor menor: R$ 2,5 milhões.
(MS)
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