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Movimento faz protestos no RS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE
As dificuldades enfrentadas pelos pequenos agricultores no Rio
Grande do Sul levaram à criação
de um movimento que começa a
ficar conhecido das populações
urbanas por suas ações de protesto nas cidades.
O MPA (Movimento dos Pequenos Agricultores) nasceu há
mais de três anos de um encontro
de milhares de manifestantes às
margens da BR-386, em Sarandi.
No início deste mês, repetindo o
que tinham feito em 99, os ativistas do MPA bloquearam a entrada da agência do Banco Central,
no centro de Porto Alegre.
Reivindicaram crédito subsidiado para plantar e solução para o
endividamento da agricultura familiar, entre outros pedidos encaminhados ao governo federal.
Em 97 e 98, promoveram o
"Ferramentaço" (caravana de caminhões e máquinas que atravessou o Estado), envolveram-se em
conflitos com a PM na sede da Receita Federal e fizeram a "Marcha
da Esperança e da Coragem", entre Venâncio Aires e a capital.
As lideranças do MPA, que acusam o governo de "abandonar" os
minifundiários e "privilegiar" os
latifundiários, dizem que a atual
situação estimula o êxodo rural.
O integrante da coordenação
estadual do MPA-RS Vergílio Matias da Rosa, 31, disse que a zona
rural de Palmeira das Missões
(348 km a noroeste de Porto Alegre) perdeu mais de 1.300 agricultores entre 91 e 96.
Com base em dados do IBGE
(Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística) e da prefeitura local,
Rosa declarou que o contingente
de agricultores no município caiu
de 10.139 para 8.780, no período.
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