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Diretora do BC merece confiança, diz Fraga
ROGERIO WASSERMANN
DE BUENOS AIRES
O presidente do Banco Central,
Armínio Fraga, disse ontem considerar "estranha" a acusação de
que o governo federal procurou
abafar o caso da suposta chantagem do banqueiro Salvatore Cacciola contra o ex-presidente do
BC Chico Lopes no episódio da
quebra do banco Marka, de propriedade de Cacciola.
"Essa questão de abafar me parece estranha, porque houve uma
CPI [Comissão Parlamentar de
Inquérito" para investigar o caso.
Passei seis horas depondo à CPI, e
as investigações foram e continuam sendo feitas", afirmou Armínio Fraga ontem ao chegar à
reunião regional do World Economic Forum, que acontece neste
ano em Buenos Aires.
O presidente do BC disse que
não tem nada a esconder sobre o
assunto e se disse disposto a "continuar a discutir esses temas". "De
lá para cá [desde a CPI", abrimos
os balanços do BC, mostramos no
detalhe todos os números do
Proer [programa de ajuda financeira aos bancos, do governo federal"", afirmou.
Tereza Grossi
Segundo ele, a diretora de fiscalização do Banco Central, Tereza
Grossi, que havia sido acusada de
coordenar a operação de salvamento do banco Marka, autorizando a venda de dólar abaixo do
valor de mercado, continua merecendo sua confiança.
"Minha confiança nela continua
inabalada, ela vem desenvolvendo um trabalho fantástico no BC",
afirmou Fraga.
"A Tereza está disponível. Já
conversei com ela, para qualquer
discussão ou depoimento necessário. Ela também depôs na CPI
há quase dois anos e não teria nenhum receio de repetir o que ela
vem dizendo desde então."
Transparência
Fraga disse não ter "receio nenhum" de continuar discutindo o
tema. "Temos uma história de
transparência. Assim que voltar
para Brasília, amanhã [hoje", me
coloco à disposição para falar sobre esse e outros assuntos que forem do interesse da sociedade",
afirmou.
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