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"Dou R$ 1 milhão para quem me mostrar a fita", diz ex-banqueiro
GUILHERME BARROS
EDITOR DO PAINEL S.A.
"Dou R$ 1 milhão para quem
me mostrar a fita do Cacciola e
mais R$ 1 milhão se encontrarem
minha voz nessa fita." A declaração é do ex-presidente do Banco
Pactual Luiz César Fernandes, 56,
ao responder às acusações feitas
pelo ex-presidente do banco Marka Salvatore Alberto Cacciola, publicadas nesse fim de semana, de
que ele seria o autor da operação
da venda de informações privilegiadas do Banco Central para o
mercado.
Fernandes nega seu envolvimento na operação, mas não pretende entrar com uma ação contra Cacciola.
O ex-dono do Marka também
acusa Fernandes de ter chantageado seus sócios do Pactual,
quando estourou o escândalo do
caso Marka, com o objetivo de
vender sua parte no banco em
condições favoráveis.
O ex-sócio do Pactual afirma
que tudo isso é fantasioso. Ele diz
que já saiu do Pactual há dois
anos e não pretende mais voltar a
falar sobre o assunto.
Mentiras
A pessoas próximas, Fernandes
afirma que Cacciola está mentindo quando faz todas essas acusações contra ele, mas sabe explicar
o que levou o ex-dono do Marka a
fazer esse ataque contra ele. Fernandes designou o advogado Sérgio Bermudes para responder por
ele nesse caso, a partir de agora.
Desde que saiu do Pactual, Luiz
César Fernandes tratou de se dedicar a alguns pequenos negócios
na sua residência, a Fazenda Marambaia, que fica na região de
Corrêas, próxima a Petrópolis, no
Rio de Janeiro. É de lá que ele toca
seus novos negócios, entre eles
uma parceria com o banco francês Credit Lyonnais e algumas
operações voltadas para a internet.
Fundador do Pactual, Fernandes vendeu seus 14% de participação no banco em junho de 1999,
pouco depois de ter estourado o
escândalo da venda de informações privilegiadas do BC.
As verdadeiras razões da saída
de Fernandes do banco nunca foram reveladas.
Na época, falou-se em desentendimento entre ele e o sócio André Esteves, apontado em reportagens desse fim de semana como
uma pessoa de bom relacionamento com os informantes do esquema do Banco Central.
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