São Paulo, sábado, 22 de junho de 2002

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Acusações são eleitoreiras, afirma Marta

DA REPORTAGEM LOCAL

A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), afirmou ontem que as acusações feitas por João Francisco Daniel, irmão do prefeito Celso Daniel, morto em janeiro deste ano, são "eleitoreiras", além de "muito estranhas". Marta também disse que PT já seria "gato escaldado" nesse tipo de situação e que, em ano de eleição, "não há boa vontade" com o partido.
"Não é a primeira vez que o PT sofre acusações injustas. Fiquei espantada com a forma como ele [João Francisco" se colocou, dizendo que o PT tinha que ir para uma vala comum. Essa posição é absolutamente eleitoreira. Ele [João Francisco" está querendo atingir o presidente do partido [José Dirceu" e o nosso candidato [Lula", que só sobe nas pesquisas. Enquanto isso, o Serra está lá, empatado com os outros", afirmou em visita à administração regional do Itaim Paulista (zona leste).
Marta disse que é favorável à criação de uma CPI que investigue o caso e que não deixe "nada pairando no ar".
Em entrevista à Folha, João Francisco disse que o esquema de propinas financiava campanhas do PT, inclusive a de Marta Suplicy à Prefeitura de São Paulo.
Apesar das declarações, a bancada da prefeita na Câmara Municipal impediu, por meio de uma manobra política, a criação de uma CPI que investigasse esquemas de propina na administração petista. Marta disse que não há "incongruência" entre suas afirmações e a atitude dos vereadores de sua bancada. (PALOMA COTES)



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