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OUTRO LADO
Doleiro diz ter operado "sempre dentro das leis"
DA REPORTAGEM LOCAL
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O advogado do doleiro Alberto Youssef, João Gomes,
disse que seu cliente "não tinha o dever legal de saber a
origem da movimentação"
financeira nas contas abertas
na agência do Banestado de
Nova York.
Gomes disse que Youssef
nunca foi intimado pela Justiça para dar explicações sobre as contas. O advogado
reiterou os termos da entrevista concedida por Youssef
à Folha em fevereiro último.
Na ocasião, ele declarou:
"Só o Ministério Público do
Paraná relaciona meu nome
a contas fantasmas, de "laranjas" ou lavagem de dinheiro. Não existe nenhum
processo nesse sentido no
Ministério Público Federal.
Sempre operei dentro das
leis, no Brasil e nos Estados
Unidos".
O advogado do bicheiro
João Arcanjo é o mesmo
João Gomes. Ele assumiu o
trabalho em dezembro último, e por isso ainda não teve
tempo de discutir com seu
cliente, preso no Uruguai,
detalhes das operações na
agência nova-iorquina do
Banestado. "Ainda não enfrentamos essa questão",
disse o advogado.
O advogado do empresário Honor Rodrigues da Silva, Getúlio Humberto de Sá,
há poucos dias pediu para
deixar o caso, por razões
particulares. Ele disse que
seu cliente nunca comentou
com ele supostas operações
que teria realizado no Banestado. "É uma completa surpresa, nunca tinha ouvido
falar disso", disse Sá.
A assessoria de comunicação do Corinthians, procurada na última quarta-feira,
informou que o clube precisaria de mais tempo para localizar nos arquivos documentos que trataram da
compra do passe do jogador
"Mirandinha" em 1996.
Segundo a assessoria, o
clube dará "todas as explicações necessárias" durante a
semana. "Nós nos orgulhamos de o Corinthians nunca
ter sido acusado de irregularidades na CPI do Futebol
[realizada no Senado no ano
passado]", informou a assessoria. Mirandinha não foi localizado para comentar o assunto.
(RV e AM)
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