DA REPORTAGEM LOCAL

O comitê financeiro da campanha de Ciro Gomes (PPS) à Presidência pretende distribuir carnês com contribuições mensais para a eleição deste ano. Os carnês deverão ser entregues principalmente a pequenas e médias empresas.
Aproximadamente 1.500 boletos de R$ 500, R$ 1.000, R$ 2.000, e R$ 5.000 já estão prontos. A distribuição, de acordo com o coordenador geral da campanha, deputado federal José Carlos Martinez (PTB), deverá ser iniciada nas próximas duas semanas.
Até o final do segundo turno, a expectativa do comando da candidatura é arrecadar, por meio da iniciativa, aproximadamente 70% do total coletado. Os 30% restantes deverão ser obtidos com doações de grandes empresas. A Frente Trabalhista declarou um teto de gastos de R$ 25 milhões para a campanha presidencial.
A estratégia pretende contornar a dificuldade de arrecadação provocada pelo veto do candidato do PPS à busca de recursos junto a bancos. "Vamos mexer na política financeira que temos hoje no Brasil e por isso não queremos compromisso com o sistema que está aí", argumenta Martinez.
Na eleição de 1998, do R$ 1.018.591,73 obtido pela campanha do ex-governador cearense, R$ 363.500, o equivalente a 35,68%, foram doados por três bancos brasileiros. A proibição de Ciro não é unanimidade na Frente Trabalhista. Integrantes da coligação consideram a medida "um erro": "Já está uma secura desgraçada", justifica um aliado de Ciro. (PATRICIA ZORZAN)

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