DO ENVIADO ESPECIAL A LAGES

O presidenciável Ciro Gomes vai procurar hoje o presidente do Banco Central, Armínio Fraga, para falar sobre a crise econômica.
Armínio havia telefonado para o candidato na semana passada para marcar um encontro. Ciro disse que não tem "pudor" de falar com Armínio, a quem chamou de seu "amigo", mas advertiu que o papel do governo "é governar em sua plenitude" até o último dia de 2002. "À oposição cabe oferecer alternativas conceituais", disse Ciro no aeroporto de Lages.
Pela primeira vez na campanha, Ciro subiu num palanque ao lado do senador Jorge Bornhausen e num evento montado pelo PFL -o que criou uma situação constrangedora. O candidato do PPS ao governo do Estado, Sérgio Grando, não sabia se poderia participar do comício preparado pelo prefeito Raimundo Colombo, do PFL, que apóia o governador Esperidião Amin, candidato à reeleição. Grando não foi barrado no palanque, mas não discursou nem ficou ao lado de Ciro, que elogiou muito Bornhausen.
Ontem, em Fortaleza, Ciro participou de um encontro de mulheres. Ele disse que seu adversário José Serra (PSDB) não tem programa para a área econômica: "Simplesmente eu desafio qualquer pessoa que me diga onde é que está o programa do candidato oficial". Ele também negou que tenha recebido o apoio formal da família Sarney. (RV)