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SAIBA MAIS
Scuderie Le Cocq é acusada de extorsão e tráfico
DA AGÊNCIA FOLHA, EM VITÓRIA
A Scuderie Detetive Le Cocq
começou a ser investigada em
1991 devido ao assassinato de
menores de rua em Vitória (ES).
Os jovens, que em geral se dedicavam a pequenos roubos e
furtos, eram executados com tiros na nuca e os cadáveres eram
expostos nas ruas.
Para apurar esses homicídios,
o governo do Estado criou a Comissão de Processos Administrativos Especiais.
As investigações foram conduzidas pelo investigador da
Polícia Civil Francisco Badenes
Júnior, que ganhou, pelo trabalho que durou dez anos, o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, em 1996.
Filantropia
Fundada como entidade filantrópica, em 1984, com registro
em cartório de notas, a Scuderie
visava reunir e promover apoio
mútuo a pessoas ligadas ao ""establishment" político, empresarial, policial e judiciário.
O nome é uma homenagem
ao famoso detetive carioca Le
Cocq, morto nos anos 60.
Tornou-se um esquadrão da
morte, de acordo com investigações policiais e do Ministério
Público. De seus quadros fazem
parte policiais, advogados, juízes, políticos, empresários, funcionários públicos e banqueiros
do jogo do bicho.
"Se realmente ela foi criada
com esse objetivo (beneficente),
com o tempo essa filosofia foi
desvirtuada. A Scuderie é o braço armado do crime organizado", sustenta o procurador da
República Ronaldo Albo, que a
investigou.
Caveira
A Scuderie é acusada de crimes de mando, extorsão, rede
de proteção ao jogo do bicho,
tráfico de drogas e de armas.
O símbolo da Le Cocq é uma
caveira, apoiada em duas tíbias
cruzadas, com as iniciais E.M.
O estatuto de fundação do
grupo atribui as letras a "esquadrão motorizado", mas a versão
corrente no Estado é de que as
letras significam "esquadrão da
morte".
(FK)
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