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Governo tenta antecipar votação para amanhã
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BRASÍLIA
O governo pretende acelerar
o calendário e tentar votar
amanhã a reforma da Previdência na comissão especial
que trata do tema na Câmara
dos Deputados. A votação estava inicialmente prevista para
acontecer na terça-feira da próxima semana, dia 29.
A estratégia é apresentar um
requerimento para o encerramento da discussão depois que
dez deputados tiverem falado,
para cumprir exigência do regimento interno da Câmara.
O governo ainda vai tentar
um acordo com a oposição, o
que dispensaria a apresentação
do pedido do requerimento.
Hoje à tarde haverá reunião
com integrantes da comissão.
O calendário divulgado pela
presidência da Câmara previa
que esta semana seria para discussão da reforma, e a próxima, para votação. O presidente
da comissão especial, Roberto
Brant (PFL-MG), não crê na alteração de datas. "Não há a menor possibilidade. Duvido que
haja acordo para votar nessa
rapidez", disse ele.
A tentativa deve encontrar
resistências na própria base
aliada, que não ficou satisfeita
com as alterações feitas no parecer do relator José Pimentel
(PT-CE) momentos antes de
sua apresentação, cedendo à
pressão dos governadores.
O assunto vai ser discutido
hoje em café da manhã da base
aliada com o ministro da Casa
Civil, José Dirceu, na casa do
presidente da Câmara, João
Paulo Cunha (PT-SP). Além de
votar o parecer a toque de caixa, o governo quer aprová-lo
sem alterações.
Limite
"Na comissão, chegamos ao
limite. O parecer é bem equilibrado, conseguiu contemplar
todo mundo: funcionalismo,
governadores e Judiciário, este
[último] com a inclusão da integralidade e da paridade [para
os atuais servidores]. Esse é o
parecer que deve ser votado na
comissão. Até a votação no plenário vamos continuar dialogando", afirmou o deputado
Professor Luizinho (PT-SP),
um dos vice-líderes do governo
na Câmara.
Sobre o tempo para discussão da matéria na comissão, o
líder do PT na Casa, Nelson Pellegrino (PT-BA), afirmou que
"o texto já foi exaustivamente
debatido".
A intenção do governo era
iniciar a votação do parecer hoje, mas foi impedido pela falta
de quórum para a abertura de
sessão ordinária na última sexta-feira. Como foi feito pedido
de vistas do parecer da reforma
na quinta-feira passada, é necessário o intervalo de duas
sessões ordinárias para que o
documento possa ser discutido. Com isso, a discussão só será possível amanhã.
(FERNANDA KRAKOVICS)
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