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São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2003

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OUTRO LADO

Advogado diz que servidora não "praticou ilícito"

DA REPORTAGEM LOCAL

O advogado Dário Ruiz Gastaldi diz que Wânia Lúcia Leal Chagas "não praticou nenhum ilícito na Procuradoria Geral da República, pois apenas fez uso de empréstimos autorizados informalmente e com pagamento parcial dos valores". Ela não quis se manifestar.
O ex-procurador-geral da República Geraldo Brindeiro disse que "o caso foi apurado, comprovado, e a servidora demitida". José Luciano Alves da Rocha continua no cargo de coordenador de execução orçamentária e financeira da PGR. O novo secretário-geral da PGR, Rodrigo Janot, diz que "ele foi inocentado no processo", tanto nos procedimentos administrativos internos quanto nas apurações da Procuradoria da República no Distrito Federal.
"Ninguém pode ser considerado culpado por ter sido traído", alegou o ex-secretário de administração, Emival Ferreira Freitas, em seu recurso ao TCU. Ele não foi localizado pelo jornal.
Freitas alegou que a fraude deveria ter sido identificada pela secretaria de pessoal. "Jamais houve permissão ou aquiescência para autorizar emissões de ordens bancárias em valores superiores às despesas efetivamente realizadas", disse.
Ele alegou ainda que "não pode ser responsabilizado por haver assinado de boa-fé um documento junto com dezenas de outros, em razão de sua intensa atividade funcional, com todas as aparências de legalidade".
Rocha alegou ao TCU que havia sido notificado como testemunha, tendo passado, sem saber, para a condição de acusado. Disse que os desvios foram feitos quando Wânia Lúcia o substituía, durante férias e recessos.
Rocha afirmou que, "com seu comportamento doloso, verdadeiramente maquiavélico, Wânia Lúcia iludiu inclusive a direção maior da instituição". "Nem a auditoria foi capaz de descobri-los." "Ela tinha 17 anos de carreira e nada que desabonasse sua conduta até então. Havia delegação de confiança", disse à PGR. (FV)


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