UOL

São Paulo, terça-feira, 22 de julho de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

"Reforma não pode contrariar todos os interesses"

DA REPORTAGEM LOCAL

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou que, para a proposta de reforma da Previdência ser aprovada, nem todos os interesses podem ser contrariados. "Alguns interesses vão ser contrariados. Mas aqueles que contrariam todos [os interesses] não vão a lugar nenhum", disse durante aula magna na Universidade de Santo Amaro, em São Paulo.
Minutos antes, em entrevista à rádio Jovem Pan, FHC afirmara que, se o governo tivesse votado o PL-9 -projeto de lei que prevê a criação de fundos de pensão para os atuais servidores, enviado na sua gestão para o Congresso-, teria dado um passo importante na reforma e evitado o que chamou de "cipoal". "Não é culpa do governo. É muito difícil fazer reforma da Previdência."
FHC falou sobre flexibilidade e tolerância e disse que essas características no Brasil se confundem com fragilidade. "Falavam que eu teria de dar murro na mesa senão o Congresso não votava. Mas eu dizia que isso só ia machucar a mão."
Sem citar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não tem diploma universitário, FHC disse que não existe escola para se aprender a ter influência. "Na liderança democrática, é mais importante a influência do que o poder", declarou em palestra sobre liderança.


Texto Anterior: Neo-oposição: FHC sugere "função" para ex-presidentes
Próximo Texto: Conflito agrário: Sem-terra fazem vigília por Rainha
Índice


UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.