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Tarso afirma que Lula vai votar no 2º turno
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Depois de ter faltado nas eleições petistas do último domingo,
o que provocou críticas de diferentes setores petistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu votar no segundo turno do
pleito do partido, marcado para o
próximo 9 de outubro.
A decisão de Lula, que tenta se
desvencilhar da crise do partido
que ajudou a fundar 25 anos atrás,
foi anunciada ontem no encontro
com o presidente petista, Tarso
Genro, no Palácio do Planalto.
"Coloquei [ao presidente Lula]
a importância que teria a presença dele no segundo turno para votar, e o presidente me autorizou a
anunciar publicamente que ele já
decidiu que no segundo turno votará na eleição do Partido dos Trabalhadores", disse Tarso.
Segundo ele, a ausência de Lula
na votação de domingo foi "sentida" pelo partido e que, diante disso, o presidente sabe que o seu
comparecimento no segundo turno poderá valorizar o processo
eleitoral. Ele não explicou os motivos da ausência do Lula na primeira votação.
"Eu disse a ele [presidente] que
o processo eleitoral foi um sucesso, que mostra que o PT está vivo
e tem condições de se reestruturar
para a defesa de um projeto democrático no país. Evidentemente a ausência dele foi sentida. Nós
compreendemos isso, mas será
muito importante que a presença
dele valorizará muito esse processo, coroando um processo que já é
vitorioso", disse Tarso, empolgado com o número filiados que
compareceram às urnas em todo
o país nas eleições de domingo.
Na frente da disputa, aparece o
candidato do Campo Majoritário
e mais próximo do Planalto, Ricardo Berzoini (42,5%). Segundo
Tarso, o Planalto não está preocupado com a possível vitória de um
candidato da esquerda petista no
segundo turno das eleições, o que
poderia aumentar as críticas do
partido sobretudo contra o modelo de política econômica do governo federal.
Questionado sobre isso, ele afirmou: "Não. O presidente me disse, inclusive, que quer fazer uma
programação de discussão com a
Executiva Nacional do partido,
com o Diretório Nacional, com os
partidos aliados, com as bancadas
ao longo desses meses até o final
do ano. E que é necessário que se
faça um balanço político de seu
governo."
(EDUARDO SCOLESE E LUCIANA CONSTANTINO)
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