São Paulo, quinta-feira, 22 de setembro de 2005

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Tarso afirma que Lula vai votar no 2º turno

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Depois de ter faltado nas eleições petistas do último domingo, o que provocou críticas de diferentes setores petistas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu votar no segundo turno do pleito do partido, marcado para o próximo 9 de outubro.
A decisão de Lula, que tenta se desvencilhar da crise do partido que ajudou a fundar 25 anos atrás, foi anunciada ontem no encontro com o presidente petista, Tarso Genro, no Palácio do Planalto.
"Coloquei [ao presidente Lula] a importância que teria a presença dele no segundo turno para votar, e o presidente me autorizou a anunciar publicamente que ele já decidiu que no segundo turno votará na eleição do Partido dos Trabalhadores", disse Tarso.
Segundo ele, a ausência de Lula na votação de domingo foi "sentida" pelo partido e que, diante disso, o presidente sabe que o seu comparecimento no segundo turno poderá valorizar o processo eleitoral. Ele não explicou os motivos da ausência do Lula na primeira votação.
"Eu disse a ele [presidente] que o processo eleitoral foi um sucesso, que mostra que o PT está vivo e tem condições de se reestruturar para a defesa de um projeto democrático no país. Evidentemente a ausência dele foi sentida. Nós compreendemos isso, mas será muito importante que a presença dele valorizará muito esse processo, coroando um processo que já é vitorioso", disse Tarso, empolgado com o número filiados que compareceram às urnas em todo o país nas eleições de domingo.
Na frente da disputa, aparece o candidato do Campo Majoritário e mais próximo do Planalto, Ricardo Berzoini (42,5%). Segundo Tarso, o Planalto não está preocupado com a possível vitória de um candidato da esquerda petista no segundo turno das eleições, o que poderia aumentar as críticas do partido sobretudo contra o modelo de política econômica do governo federal.
Questionado sobre isso, ele afirmou: "Não. O presidente me disse, inclusive, que quer fazer uma programação de discussão com a Executiva Nacional do partido, com o Diretório Nacional, com os partidos aliados, com as bancadas ao longo desses meses até o final do ano. E que é necessário que se faça um balanço político de seu governo." (EDUARDO SCOLESE E LUCIANA CONSTANTINO)

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