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Petista depõe à PF sobre saque
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em depoimento ontem a delegados da Polícia Federal que investigam o "mensalão", o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) repetiu a afirmação de que os
R$ 50 mil que recebeu do empresário Marcos Valério de Souza foram usados para pagar pesquisas
pré-eleitorais de vereadores de
sua base em 2003.
Ouvido em seu gabinete na Câmara por quase três horas, o deputado disse que a fornecedora
do serviço foi a Datavale, empresa
de pesquisas de São Paulo. Comprometeu-se a entregar à PF os recibos e as pesquisas realizadas.
Na noite de ontem, a Folha não
conseguiu falar com responsável
pela Datavale. O deputado se recusou a falar com a imprensa.
Conforme o depoimento, quando lhe foi feito o pedido pelos candidatos, João Paulo procurou o
então tesoureiro do PT, Delúbio
Soares. O dinheiro foi sacado no
Banco Rural em Brasília pela mulher do deputado, Márcia Regina.
João Paulo não soube dizer se a
despesa foi contabilizada pelo PT.
O deputado disse ter conhecido
Valério por ocasião de sua campanha para presidente da Câmara. A disputa, vitoriosa, foi comandada pela DNA, empresa de
Valério, a um custo de R$ 150 mil.
Segundo João Paulo, o valor foi
pago pelo PT, em três parcelas.
Quanto à contratação da agência SMPB, ele disse o contrato foi
feito mediante licitação e seguiu
as normas legais.
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