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CONSELHO DE ÉTICA
Suspeita de fraude adia processo contra pefelista
ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Conselho de
Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), suspendeu ontem o processo por
quebra de decoro contra o deputado Onyx Lorenzoni (PFL-RS). A
decisão foi tomada por causa da
suspeita de que a representação
contra o pefelista possa ter sido
fraudada pelo PT.
Apresentada no mês passado, a
representação é assinada por Tarso Genro, que na época era presidente interino do partido. Porém
uma reportagem da revista "Veja" desta semana reproduz laudo
técnico do Instituto Del Picchia,
de São Paulo, indicando que a assinatura não é de Tarso.
O PT nega a fraude e mantém o
pedido de cassação de Onyx. Ontem, antes mesmo de ser notificado pelo Conselho, o presidente do
PT, deputado Ricardo Berzoini
(SP), apresentou ofício em que
afirma ser verdadeira a assinatura
de Tarso Genro.
"Laudo falso"
O próprio Tarso afirmou no último sábado que assinou a representação. "É claro que eu assinei
[o documento]. Se esse laudo diz
que a assinatura não é minha, o
laudo é que é falso", disse.
Izar preferiu não decidir sozinho se aceita ou não o ofício do
PT para dar continuidade ao processo contra Onyx. Por isso,
anunciou que pretende colocar o
ofício em votação hoje.
No começo da tarde, Izar havia
dito que iria notificar Berzoini para prestar esclarecimentos sobre o
caso. "O acusador pode virar o
acusado. Se for confirmada a falsificação, eu vou arquivar o processo [contra Onyx] e solicitar a investigação do fraudador."
O presidente do Conselho de
Ética também afirmou que irá sugerir à Mesa Diretora da Câmara
dos Deputados a elaboração de
um novo laudo para identificar se,
de fato, a assinatura de Tarso
Genro na primeira representação
do PT é verdadeira.
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