São Paulo, domingo, 22 de dezembro de 2002

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OUTRO LADO

MS prevê melhora para 2003; RS diz estar na vanguarda

DA AGÊNCIA FOLHA

O Cogeti (Conselho Gestor do Assentamento Itamarati) aposta nos mais de 11 mil hectares de milho e soja que estão sendo plantados no assentamento para a safra 2002/ 2003 para aliviar a demanda das famílias assentadas -a previsão de lucro é de R$ 8 milhões. "Aquele assentamento tem tudo para se tornar um modelo com produção", afirma o presidente do Cogeti, Erminio Guedes, 50, que ocupa o cargo por nomeação do governador Zeca do PT e fala em nome do governo.
Participam do conselho secretarias e autarquias do governo estadual, Incra, Prefeitura de Ponta Porã e quatro grupos de assentados: MST, CUT, Fetagri e associação de ex-funcionários.
A maior parte da área que está sendo plantada só foi possível devido a parcerias com empresas da região, que financiaram parte da produção, sobretudo com sementes e insumos.
Guedes admite que a infra-estrutura está atrasada, incluindo a implantação do sistema de abastecimento de água e a eletrificação, mas afirma que tudo estará pronto até o final de 2003.
No início de 2003, Guedes afirma que ao menos outras duas pendências serão resolvidas: o Plano de Desenvolvimento do Assentamento, sem o qual não há liberação de verbas via Pronaf, e o licenciamento ambiental.
O governo gaúcho diz que, diferentemente de outros governos, trata a questão agrária como problema social e não policial.
"O movimento social é problema social, não de polícia. Não usamos violência. Resolvemos os problemas do campo com mais rapidez", disse o secretário estadual da Reforma Agrária, Antônio Marangon.
Segundo ele, a Farsul (Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul), questionou no Judiciário as ações do governo, como as desapropriações, o que teria prejudicado o número de famílias atendidas. Em setembro, liminar impediu desapropriações feitas no governo Olívio. A Farsul alega que defendeu seus associados.
"Sempre que se tem uma meta, queremos 100%, mas, mesmo não atingindo as 10 mil famílias, fizemos um trabalho de vanguarda", disse Marangon.
De acordo com o governo do Acre, o processo de reforma agrária no Estado vem sendo executado basicamente pelo Incra, que se responsabiliza desde a arrecadação das terras até a liberação dos créditos aos assentados. (EDS, FM E LG)


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